09
fevereiro

Notificação judicial, bate-boca e reunião fechada marcam sessão ordinária na Câmara de Santa Cruz


Ernesto e Zé Minhoca protagonizaram o primeiro grande embate nas sessões ordinárias – Fotos: Thonny Hill

Na manhã desta quinta-feira (09) foi realizada mais uma sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe.

Dos 17 vereadores, 16 deles compareceram e, mesmo sem o uso da tribuna, a reunião foi marcada por grande movimentação nos bastidores e pode ser dividida em quatro momentos. Confira:

 

Projetos de Lei e requerimentos discutidos

Quanto aos projetos de lei, sete deles foram apresentados, contemplando áreas como saúde, cidadania, mobilidade urbana, educação entre outras. Além dos projetos, quase 100 requerimentos também foram votados e discutidos.

A maioria dos mesmos foi aprovada, onde ganharam destaques algumas solicitações antigas como a implantação da Zona Azul no trânsito, abertura de licitação para implantação de um transporte público por ônibus e a construção de uma nova policlínica onde funcionou a antiga cadeia pública.

Dentre as novas solicitações, duas podem ser destacadas: o pedido para que o cruzeiro no bairro Palestina possa ser tombado como patrimônio cultural do município e também a criação de uma autarquia de trânsito, com inspirações de casos como a DESTRA (em Caruaru). Confira a pauta:

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Câmara é notificada judicialmente

Durante a sessão, a chegada de um oficial de Justiça do Fórum do município fez com que a mesma fosse interrompida por cerca de meia hora.

Nesse intervalo, houve um primeiro encontro entre o presidente Zé Minhoca (PSDB) com os líderes das bancadas de Oposição e Governo, respectivamente, Ernesto Maia (PT) e Toinho do Pará (PSB).

Ao término da primeira reunião, o teor da notificação continuou a ser mantido em segredo da imprensa, já que os três não queriam comentar o assunto. Minutos depois, já com a sessão reiniciada, começaram então as articulações, onde fontes revelaram aos profissionais qual seria o teor da notificação.

Para surpresa, a Câmara havia sido notificada após uma ação movida por uma popular, que contestava o aumento de salários votado pelos vereadores ainda na legislatura passada.

A ação pede a concessão de uma liminar para que os pagamentos dos salários sejam feitos sem o aumento até o julgamento do mérito.

O juiz que recebeu o processo solicitou que a Mesa Diretora da Câmara envie informações para, a partir daí, fundamentar a decisão que pode ser pelo deferimento ou não do pedido de liminar.

 

O primeiro bate-boca

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Os vereadores Ernesto Maia e Zé Minhoca protagonizaram o primeiro bate-boca entre edis e, mais uma vez, o dispositivo de “Explicações Pessoais” foi o motivo para a discussão.

O dispositivo, que é previsto pelo regimento interno, pode ser solicitado antes do fechamento da Ordem do Dia, onde cada vereador tem direito a cinco minutos para falar sobre seu mandato.

Antes do pedido, Zé Minhoca já havia convocado os vereadores para a reunião a portas fechadas para tratar da notificação judicial e negou o pedido feito por Ernesto. Em protesto, o petista se retirou e não compareceu à reunião.

 

A reunião a portas fechadas

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Sem que a imprensa tivesse acesso, a reunião tratou da notificação judicial recebida pela Casa. Em entrevista concedida ao blog minutos depois do término, o presidente Zé Minhoca confirmou o teor da reunião, citando que a parte jurídica da Câmara já iniciou os preparativos da defesa.

Ainda de acordo com o mesmo, a Casa deve apresentar algum posicionamento até a próxima terça-feira (14), data de uma sessão extraordinária.

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