01
junho

“Não houve uma convocação para ver o que a gente achava” – diz Joab do Oscarzão sobre pré-candidatura de Alessandra Vieira


Na manhã desta sexta-feira (01) o vereador Joab do Oscarzão, que integra a bancada governista em Santa Cruz, concedeu entrevista no programa Rádio Debate, da Polo FM.

Entre os pontos, a questão político-eleitoral e também a sua saída da Secretaria Extraordinária de Habitação já que haveria, segundo o próprio vereador, mais motivos a serem ditos quanto a sua permanência, por menos de três meses, no cargo.

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Reais motivos para sair da Secretaria Extraordinária de Habitação

Durante a entrevista, o vereador voltou a sustentar que não tinha sido oferecida, por parte da prefeitura municipal, uma estrutura mínima para que a secretaria pudesse funcionar, porém foi mais além.

Joab citou também que uma de suas razões para sair da secretaria seria a descoberta, durante uma vista a ministérios em Brasília, de que a prefeitura não teria enviado documentos para que ocupações do Santo Agostinho e Barrinha (próximo a UPA 24h) conseguissem acesso Cartão Reforma, oferecido pelo Governo Federal.

Nesse ponto, a ocupação da Barrinha teria sido a prejudicada segundo ele.

“Tínhamos conseguido, em Brasília, 200 cartões reforma para Santa Cruz, sendo 100 para o Santo Agostinho e 100 para a ocupação da Barrinha, próximo a UPA. O Ministério das Cidades orienta que esses cartões sejam para áreas irregulares, como ocupações e, quando chegamos a Brasília, tivemos a notícia de que a ocupação (da Barrinha) foi reprovada porque não mandaram uma documentação. Por lá ser uma ocupação, precisa de uma carta de intenção, que seja mandada ao Ministério, pelo prefeito, dizendo que futuramente lá vai se regularizar. Foram mandadas as documentações e eu entendo que, intencionalmente, mandaram as documentações de Santo Agostinho e Barrinha e essa carta (de intenção) não chegou. Se costuma colocar a culpa no digitador, vai se quebrar no espinhaço de quem é mais pequeno”.

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Primeiro recado ao prefeito Edson Vieira

Joab continuou as críticas com a questão do Cartão Reforma, onde mandou um recado ao prefeito:

“Vou mandar um recado para o prefeito aqui no ar: Estou falando isso do Cartão Reforma porque tive uma reunião com o povo lá da ocupação na sexta e não escondi nada. Por isso, estou falando hoje e eles foram os primeiros a saber. Que o prefeito dê explicações ao povo da Barrinha. Ele precisa explicar isso daí” – frisou.

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Nome de Alessandra Vieira como pré-candidata

Joab também foi questionado sobre pontos da entrevista concedida pela pré-candidata Alessandra Vieira (PSDB) no dia anterior.

Um desses pontos, que foi dito por ela, era que seu nome como pré-candidata pelo grupo de apoiadores de Edson Vieira teria sido anunciado em fevereiro deste ano, em uma reunião com vereadores. Segundo Joab, tal reunião para discutir essa possibilidade não teria acontecido, mas sim uma com outros termos.

“A minha saída da secretaria sem avisar ninguém foi espelhada no prefeito. Ele não comunicou a ninguém que a esposa seria pré-candidata e fiquei sabendo como todo mundo, lá de Bonito. Fiz do mesmo jeito na secretaria. Não fiquei sabendo. Houve (essa reunião) depois que todo mundo já sabia, que foi convidado alguns vereadores depois que ninguém queria mais. Não houve uma convocação para ver o que a gente achava. Já estava em tudo quanto era blog e rádio a pré-candidatura de Alessandra. Fiquei sabendo como todo mundo ficou sabendo”.

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Permanência no grupo?

“Não vou sair do grupo. Agora com relação de apoio a Alessandra ou a Diogo, ou quem quer que seja, estou analisando. Vou conversar com meus companheiros, mas não só do Movimento (MTST), mas também do meu partido. Ainda vou discutir isso” – pontuou

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Conversas com Diogo Moraes e Cleiton Barbosa, que pleiteiam cargos na ALEPE

Joab foi questionado sobre seu discurso de posse na Secretaria de Habitação.  Nos bastidores, as falas de Joab com elogios à atuação de Alessandra Vieira a frente da Secretaria de Ação Social soariam como uma declaração de apoio a sua pré-candidatura a Assembleia Legislativa (ALEPE).

Para Joab, não era assim:

“Naquele dia na posse, falei da importância da inserção da mulher na política. Não fui para a secretaria por barganha para apoiar Alessandra. O sonho de qualquer integrante do movimento que luta por moradia é de ser secretário de habitação. O apoio que eu declarei na verdade foi ao apoio ao candidato do Movimento, que agora é uma candidatura mais municipalizada, em Recife. Agora eu estou livre. Conversei com Diogo e o primeiro a saber foi no prefeito. Fui ouvir ele e vou analisar também Alessandra e outros pré-candidatos. Conversei com Cleiton Barbosa, que é meu amigo pessoal, e vamos analisar. A decisão não é minha, mas do coletivo”.

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Divergências com Edson Vieira X Interesses do MTST

O vereador foi questionado se suas arestas com o prefeito Edson Vieira poderiam prejudicar interesses de integrantes do Movimento que não teriam, em tese, nada a ver com a situação. Nesse ponto, estariam casas populares com promessa de construção e entrega em locais já de conhecimento do público.

“A gente sabe que nada é fácil. Falo como movimento social, mas sabemos cobrar. Acredito que o prefeito não vai fazer jogo duro com relação ao povo da ocupação na Barrinha; mesmo já tendo feito com esse negócio do Cartão Reforma. O povo já está no prejuízo, mas se for necessário, eu vou para cima. Eu acredito que não vai chegar a esse ponto e o povo me conhece. Tenho compromisso com o povo e não tenho compromisso de 100% com Edson Vieira ou Diogo. Quem me conhece, sabe que não tenho amores, e nem morro de amores, por essa coisa de vermelho e azul”.

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Assinatura de ordem de serviço para mais 224 casas e novo recado ao prefeito

“Segunda-feira o prefeito vai estar assinado uma documentação. Nessa ida a Brasília, conseguimos mais 224 casas e tem terreno. A Câmara cumpriu seu papel e o projeto foi aprovado pelos 17 vereadores e o projeto está pronto. Só precisa de o prefeito assinar e ele já garantiu, para que possamos iniciar esse ano essas obras”.

Joab voltou a ser questionado se suas declarações de que não está satisfeito com algumas coisas do Governo Vieira poderiam atrapalhar esse processo. Sobre isso, ele disse:

“O prefeito não vai fazer uma sandice dessas, pois ele não vai estar atrapalhando o vereador Joab, mas 224 famílias que vão sair do aluguel. Ele não vai cometer um erro gravíssimo desses, em ano de eleição e com a esposa dele como pré-candidata. Mas se for necessário, a gente ocupa prefeitura, faz protesto em rua… Sou aliado, mas se for preciso ir para cima, vamos” – pontuou.

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