Foto: Arquivo Blog do Ney Lima.
Crítico ferrenho do Partido dos Trabalhadores (PT), o deputado federal Mendonça Filho (DEM) participou na manhã desta quarta-feira (23), do Programa Rádio Debate, na Rádio Polo.
O parlamentar falou das emendas destinadas ao município, durante seu mandato, eleições municipais 2016 e questões nacionais envolvendo, principalmente, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
Durante o atual mandato, o deputado destacou verbas destinadas diretamente para saúde básica e educação com valores de R$ 560 mil e R$ 250 mil, respectivamente.
Além disso, lembrou de valores direcionados para o município, em anos anteriores como em 2012, 2013 e 2014, sem saber, no entanto, se as emendas foram efetivamente transformadas em obras.
Para 2016, ele afirma que fez emendas genéricas para educação, saúde e infraestrutura, porém não se encontram carimbadas para o município à espera de solicitação e projetos das prefeituras da região.
Com o mesmo posicionamento da ex-vereadora Zilda Moraes, que comanda a legenda no município, o deputado ainda não afirma qual será o direcionamento do partido, próximo ano.
A legenda, historicamente, integrou o grupo denominado ‘boca-preta’, no entanto em 2012 esteve no palanque de José Augusto Maia.
“Na hora certa, vamos sentar, discutir e decidir o caminho em Santa Cruz e em outras cidades da região”, resumiu.
Líder do partido Democrata na Câmara e favorável ao impeachment presidencial, Mendonça afirma não ter ‘nenhum processo que danifique sua imagem’ para bater pesado no Partido dos trabalhadores.
“Não tenho rabo preso com ninguém, e se tivesse não estaria na mídia, falando o que falo, e cobrando o que cobro. E desafio quem quer que seja para achar um processo, um inquérito ou algo que danifique minha imagem”, diz.
Para ele, o governo federal, liderado pelo PT, é o responsável pela crise que atravessa o país.
Mesmo com objetivos semelhantes em relação ao governo federal, ele nega que tenha uma relação estreita com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Citando que pede, inclusive, a saída do mesmo do cargo.
Mendonça cita que existem apenas três formas de afastar Cunha do cargo, por renúncia, pelo conselho de ética e através do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com Mendonça as reuniões com o presidente acontecem por que ele ainda se mantém no cargo, mas afirma que o pemedebista “perdeu as condições políticas de conduzir os trabalhos”.
Favorável ao financiamento empresarial de campanha, o democrata argumenta que dos 10 países considerados menos corruptos do mundo, 8 funcionam com o sistema. De acordo com o deputado, os dados são do Instituto Transparência Internacional.
“Financiamento privado, não é sinônimo de corrução. As minhas campanhas receberam. O problema não está nisso, está no uso e na forma que é conduzido”, fala.
