22
outubro

“Houve uma grande concentração de votos em poucos candidatos”, diz Zezim Buxin


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Obtendo mais votos que alguns vereadores eleitos, o vereador Zezim Buxin (PSDB) não conseguiu a reeleição para a legislatura 2017-2020, em Santa Cruz do Capibaribe. Considerada uma das maiores surpresas do pleito, o parlamentar confessa que não contava com o resultado adverso, mesmo entendendo que, teria uma queda no número de votos em relação à eleição de 2012.

Em sua análise, entre os principais fatores que contribuíram para o insucesso, elenca sua postura de ‘não pedir votos’, o ‘fogo amigo’ dentro do grupo e a formação de uma terceira coligação, vista por ele, como injusta.

Zezim ainda afirma, categoricamente, que houve uma concentração de votos em alguns candidatos e, por consequência, a pulverização em muitos outros, não direcionando culpa exatamente, por isso.

Vote em…

Quando o assunto é pedir voto, o vereador diz que não consegue. O estilo de campanha é colocado como fato que contribuiu para o resultado final.

“A minha não reeleição foi, provavelmente, a maior surpresa dessa eleição. Sabia que teria uma queda de votos, mas não imaginava que não chegaria”, fala, lembrando que em 2012 foi o mais bem votado no geral.

“Não consigo pedir votos. É um bloqueio, uma doença, não sei o que é. Fui aconselhado a pedir votos e não teve jeito, trava e não sai e era pra ter mudado”, diz e completa “Não foi só isso. Houve uma concentração grande de votos em poucos e pulverizou votos para muitos. Além de muita gente boa dos dois lados”.

Chapa e chapinhas

zezim-04Para o vereador, o sistema eleitoral atual resulta em algumas injustiças, com as coligações, por eleger , em alguns casos, candidatos com menos votos. Nesta eleição, por exemplo, Ronaldo Pacas e Deomedes Brito, que conseguiram renovar seus respectivos mandatos, não chegaram aos números de Zezim, mas foram beneficiados pelo sistema.

“Coligação é legal, mas comete injustiça, como Soares não sendo eleito e vereadores com menos votos sendo eleito e o mesmo comigo”, diz e completa mais a frente “O nosso grupo, se tivesse só com duas coligações, provavelmente estaria eu e Narah”.

Questionado se a formação de uma segunda ‘chapinha’, liderada por Ronaldo Pacas e Luciano Bezerra também seria injusto, responde.

“Sim. Acaba sendo injusto. A matemática da política é complicada”, fala e acrescenta mais à frente. “Tem um detalhe, quando se faz isso corre o risco de ter um desperdício ou aproveitamento grande de voto. Quando se desperdiça acontece o que aconteceu, ninguém esperava eu ficar de fora, tava otimista que chegaria, a cidade inteira estava”.

Futuro

Por fim, o vereador garantiu que, mesmo sem mandato, seguirá trabalhando com a população e que em 2020 voltará às disputas nas urnas.

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