Tanto o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), quanto a diretora do Santa Cruz Prev, Elaine Silva, rebateram na manhã desta quarta-feira (17), durante o programa Rádio Debate, da Rádio Polo, denúncias do vereador Ernesto Maia (PSL), relacionadas ao plano de Previdência Própria Municipal.
Segundo o vereador, a prefeitura estaria com uma dívida de aproximadamente R$ 2 milhões com a instituição. Deste valor, R$ 650 mil teriam sido descontados de funcionários e não foram repassados para a previdência.
Os governistas reconhecem a falta de repasses e explicam que já tinham avisando, ao conselho, sobre a ação. De acordo com o prefeito, em decorrência da crise, com corte nos repasses federais, o município teria usado o dinheiro para pagamentos e décimo terceiro salário, dos servidores.
“Nós tínhamos que pagar décimo terceiro, tínhamos que pagar salários, por conta que tivemos um débito de mais de R$ 600 mil do INSS que foi tirado do nosso FPM. Tirado bruscamente e tivemos que fazer essa compensação”, disse Edson, acrescentando que foi, previamente, acertado com o conselho do órgão, proposta para quitação, em março.
A falta de repasse, ao Santa Cruz Prev foi classificado, por Ernesto, como crime.
O gestor aproveitou ainda para provocar o adversário, fazendo referência a um suposto desvio de verba durante governo passado, em que Socorro Maia (mãe de Ernesto) era Secretária de Educação.
“Não há e nem houve desvio. Enquanto estiver na prefeitura não haverá desfalque do dinheiro público, igual a uma escola na Barrinha, que era pintada e diziam que funcionava, que tinha aula…, e nada funcionava. Mas tinha dinheiro o dinheiro para a escola. Não vou fazer isso”, disse.
De forma técnica, a diretora da instituição, Elaine Silva afirmou que os funcionários não tiveram prejuízos com a ação. Ela chamou o vereador de ‘irresponsável’ e ‘imprudente’ nas avaliações.
“Ernesto insiste numa informação irresponsável em dizer que as nossas aplicações foram negativas e que isso trouxe prejuízos para os servidores. Ele precisa se informar melhor. Quando a gente trata de economia não observa um mês especificamente”, disse.
O oposicionista havia informado que, durante o mês de agosto de 2015, as aplicações deram prejuízo ao Fundo Previdenciário.
Ainda de acordo com Elaine, o mês de agosto foi um dos piores em todo o país. Acrescentou, porém, que investimentos que renderam negativos em apenas um mês, renderam positivos ao longo do ano.
“Não é prudente avaliar apenas um mês. Em economia a gente avalia no mínimo três, quatro ou cinco meses, para saber se aquele rendimento é rentável ou não. E isso temos feito com responsabilidade”, disse, acrescentando com uma crítica. “Os investimentos são baseados nas normas do Ministério da Previdência, não são feitos aleatoriamente. É importante ter responsabilidade nas afirmações”, finalizou.