08
setembro

Governo do Estado oficializa obra em área doada ao MTST em Santa Cruz


MTST

Fotos: Thonny Hill

Na tarde desta quinta-feira (08) a equipe do Blog acompanhou parte da visita do Secretário Estadual de Habitação de Pernambuco, Marcos Baptista de Andrade.

O objetivo da visita, de acordo com o secretário, é o de reafirmar a parceria do Governo do Estado com movimentos sociais.

De acordo com Marcos, a visita foi também para anunciar, de forma oficial, a construção de uma via de acesso a área onde serão, de acordo com o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), construídas 416 moradias populares.

IMG_1401O terreno fica poucos metros após o fim do calçamento da principal avenida de acesso ao bairro Santo Agostinho. São duas quadras que foram doadas ao movimento no loteamento Dona Arlinda II, que possui mais de 11 mil metros quadrados.

O secretário falou sobre quando essa via de acesso, prevista com orçamento em torno de R$ 2 milhões, começará a ser construída.

“Vamos fazer o acesso ao conjunto habitacional, para que ele tenha funcionalidade, o Ministério (das Cidades), se encerre ao contrato e ao final da construção, determina que se tenha toda a infraestrutura necessária. Temos o compromisso de realizar, por parte do Governo do Estado, esse acesso e outras questões de infraestrutura que se coloque, vamos discutir” – disse.

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Obras devem ser iniciada ainda este ano, afirma uma das líderes do movimento

De acordo com Wanessa Oliveira Batista, uma das líderes do MTST, as primeiras habitações devem ser construídas ainda este ano.

“A previsão para começo dessas obras é de novembro para dezembro. Serão construídos 416 apartamentos para beneficiar 416 famílias” – disse.

Ainda segundo Wanessa, as habitações serão em formato de conjuntos habitacionais com apartamentos, sendo construídas na faixa 03 do programa. Wanessa afirmou que o orçamento previsto para ser destinado pelo Governo Federal é de R$ 30 milhões.

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Destino de habitações em área ocupada de forma irregular pelo movimento

IMG_1417Uma questão polêmica também foi tratada com a líder do movimento. Trata-se das casas que foram construídas em uma área invadida nas proximidades do Fórum e da UPA 24h, local conhecido como “Barrinha”, no final de 2012.

Cerca de 180 famílias, de acordo com ela, estão no local e construíram os imóveis em áreas públicas e também nas chamadas APPs (áreas de preservação permanente). Sobre as casas, ela afirmou interesse do movimento em permanecer com os imóveis construídos, mesmo com a contemplação existente:

“Essas famílias estão nesse cadastro dessas 416 para que elas também sejam contempladas, mas sabemos que cada dia é uma luta, tentamos conquistar nosso espaço. Essas famílias estão inseridas no cadastro, mas vamos lutar para que elas (as casas) permaneçam, se possível. Isso vai depender de uma luta, mas não podemos dar previsão. As famílias são consistentes e sabem que, há qualquer momento, elas podem sair daqui” – pontuou.

A meta, de acordo com ela, é que até 2 mil moradias populares sejam realizadas no município, mas depende, segundo a mesma, da doação de outras áreas.

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IMG_1423Valor de cada imóvel está definido, afirma líder estadual do MTST

De acordo com o reverendo Marcos Cosme, que representa o movimento a nível estadual, cada imóvel deve ter uma média de 44 metros quadrados de área construída, nos moldes do programa “Minha Casa, Minha Vida”, modalidade Entidades.

“O valor de uma casa hoje que o governo dispões para construção de cada moradia é de R$ 59 mil. Subtende-se que, dentro desses R$ 59 mil, está embutido a pavimentação externa do terreno, está colocado o recurso para o acompanhamento teto social (reuniões com as famílias) e alvenaria, que é a construção de cada casa. Esse é o valor da tabela do Ministério das Cidades. Achamos esse valor razoável, mas dá para se construir boas casas” – disse.

Ainda segundo o representante, o projeto dos conjuntos habitacionais deve ser enviado a Caixa Econômica, para pré-análise, já na próxima segunda-feira (12).

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