29
abril

E que equívoco…


Reunião com a Compesa pôs fim a polêmica com divulgação do calendário de abastecimento

Na presença do prefeito, secretário e vereadores, representantes da Compesa puseram fim a polêmica sobre o calendário com informações equivocadas. Foto: Thonny Hill.

Na manhã desta quarta-feira (29) o blog do Ney Lima acompanhou, na Câmara de Vereadores, uma reunião que tratou sobre a polêmica gerada com a divulgação, pela Compesa, do novo calendário de abastecimento ao município com água vinda da barragem de Jucazinho.

 

A polêmica começou a partir da repercussão negativa do calendário que constava que Santa Cruz seria a mais prejudicada com as mudanças devido a diminuição do nível de água da barragem, passando a ficar apenas dois dias com água e 28 dias sem.

 

As mudanças atingiram as 15 cidades e a repercussão do calendário, que foi divulgado no site da própria Compesa e se espalhou pela imprensa em todo o estado, dava a entender que seriam liberados, para toda a cidade, apenas dois dias de abastecimento, fator que tornaria inviável a já crítica situação de falta de água no município.

 

Na reunião, estiveram presentes o prefeito Edson Vieira (PSDB), o secretário executivo de agricultora Lenildo Araújo, representantes regionais da Compesa, vereadores das duas bancadas e também órgãos de imprensa.

 

O resultado da reunião:

 

Após duas horas de discussões, foi comprovado que a informação que fora divulgada antes não passava de um equivoco gerado pela equipe de assessoria da Compesa e que Santa Cruz do Capibaribe terá uma oferta maior de água e não menor.

 

Entenda como funciona:

 

De acordo com o que foi exposto pelos diretores da Compesa, o município já enfrenta a situação de racionamento e recebe água durante 28 dias no mês e dois dias dedicados a zona rural de Caruaru.

 

Nesse período, a água é distribuída de acordo com um calendário de rodízio estipulado pela própria companhia ao longo de 14 setores que, segundo eles, contempla 80% dos bairros.

 

Os outros 20% são os locais onde a Compesa não consegue bombear água, como é o caso de bairros como a Palestina, Pedra Branca e Oscarzão, que ficam em partes mais altas.

 

Em resumo, isso significa que, em dois dias, a água chega as torneiras e, em 28 dias, elas ficam sem água, isso em cada um dos setores.

 

O que muda:

Com a mudança, de acordo com os diretores, Caruaru foi que teve o maior corte no fornecimento de água de Jucazinho, tudo isso para que a demanda enviada a outras cidades também possa ser ampliada.

 

A quantidade de água bombeada a Santa Cruz atualmente é de 125 metros cúbicos por segundo e, com a mudança, a cidade passará a receber 150 metros cúbicos.

 

Expectativa:

 

Outra mudança que ainda pode acontecer é o maior volume de água destinado. Ao invés de cada setor ter dois dias com abastecimento e 28 dias sem água, esse prazo pode ser modificado para dois dias com água e 15 dias sem.

 

Em tese, isso aliviaria o racionamento pela metade, mas de acordo com a Compesa, um estudo de viabilidade técnica precisará ser realizado para que isso aconteça.

 

As reivindicações dos vereadores e do prefeito:

 

Durante a reunião, o prefeito e os vereadores presentes fizeram uma pauta contendo algumas reivindicações.

 

Uma delas foi para que os diretores levassem, para as instancias superiores, o panorama econômico do município para que a oferta de água possa ser ainda maior.

 

A segunda reivindicação está no aumento da quantidade de carros-pipa destinados ao abastecimento. Atualmente, apenas 12 fazem esse serviço pela Compesa, fora outros veículos cadastrados a exemplo dos que pertencem a frota municipal.

 

A criação de uma comissão para levar as demandas a presidência da Compesa:

 

O prefeito, em comum com os vereadores, propôs a criação de uma comissão formada com membros da classe política para que as demandas sejam levadas, com maior rigor, para o presidente da Compesa, Ricardo Tavares.

 

Ainda não há uma data para que essa comissão esteja montada, mas está previsto que isso aconteça rapidamente em virtude da cobrança da população a classe política local.

 

O prefeito também se comprometeu a levar a problemática da falta de água do município aos senadores e aos deputados que receberam votos na Capital da Moda. A pauta será levada a cada um dos gabinetes na próxima Marcha dos Prefeitos, de 25 a 28 de maio.

 

Dado preocupante e incerteza:

 

Um dado preocupante foi apresentado: que Jucazinho está com apenas 7,26% de seu volume de água e que o panorama das chuvas esperadas para o primeiro semestre será abaixo da média.

 

Já o segundo ponto estava relacionado a etapa da Adutora do Agreste, que poderia enviar água, através de poços artesianos, para Santa Cruz do Capibaribe. De acordo com o que foi exposto, dependendo do volume de chuvas e a situação de outros municípios, essa água pode até mesmo, não chegar a Santa Cruz do Capibaribe.

 

Uma coisa é certa: a falta de planejamento e de chuvas coloca um clima de incerteza quanto ao abastecimento do município no futuro, que vê obras como a própria adutora do agreste e a transposição caminharem a passos lentos e outras, a exemplo da barragem das porteiras, sequer saírem do papel.

.

.

.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Notícias Anteriores


Meses Anteriores