20
janeiro

Fim das especulações


PC do B fecha com Situação e fragiliza ainda mais o grupo Taboquinha em Santa Cruz do Capibaribe

Fotos: Thonny Hill.


Na manhã desta terça-feira (20) foi confirmado o ingresso do PC do B a base governista em Santa Cruz do Capibaribe. A adesão, que já circulava com grande força nos bastidores, foi oficializada para o público em uma coletiva de imprensa.

 

Nela, estiveram presentes: o prefeito Edson Vieira (PSDB), o secretário de Planejamento e Gestão, Gilson Julião, o presidente do diretório municipal da legenda, Paulinho Coelho, além de membros do partido.

 

Paulinho, que foi candidato a vereador em 2012, deu detalhes sobre motivos da legenda, que acompanhou o grupo Taboquinha nas últimas eleições municipais, a formar uma aliança com a Situação.

 

Convite para compor com o Governo vinha sendo feito desde 2011

 

De acordo com ele, desde 2011 a legenda vinha recebendo convites do prefeito para fazer composição já nas eleições de 2012, mas na época o partido, que apoiava José Augusto Maia (PROS) não aceitou a proposta.

 

Paulinho ainda afirmou que a aliança agora só foi possível graças a, segundo ele, avanços do governo em políticas voltadas para a Cultura, para a Classe Estudantil (destacando o programa Bolsa Universitária) e para as mulheres, além de levantar discussões sobre diversidade de gênero entre outras que, segundo ele, estão próximas dos ideais defendidos pela legenda.

 

O recado aos ex-aliados

 

Paulinho chegou a afirmar que o PC do B não vinha sendo ouvido e nem tinha espaço nas discussões políticas no grupo de Oposição, chegando a dizer que ela estaria “sem rumo e que as pessoas de lá estariam cada vez piores, no ponto de vista ideológico”, “distante da população”, sem uma pauta positiva de ações e que “compor com a Oposição não seria mais uma opção”.

 

O aval da Executiva Estadual do Partido

 

Na coletiva, tanto Paulinho, como Edson Vieira, destacaram que a aliança em Santa Cruz do Capibaribe foi aceita pela Executiva Estadual.

 

Os dois estiveram ontem (19), em Recife, em uma reunião com membros da executiva do PC do B e fecharam os termos que culminaram na nova aliança política.

 

Cargos para a legenda e a participação no Governo Vieira

 

Durante a coletiva, todos que compuseram a mesa enfatizaram que a adesão não seria uma moeda para troca por cargos políticos.

 

Tanto o prefeito Edson Vieira como Paulinho não descartaram a possibilidade de, até mesmo, o PC do B atuar, de maneira mais direta, no atual governo com cargos, mas sem especificar quando e como isso poderia acontecer.

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O prejuízo político para a Oposição

 

A coletiva mostrou alguns pontos que devem ser levados em consideração. O primeiro deles é o poder articulador de Edson Vieira que, aos poucos, vem “sangrando” o grupo taboquinha.

 

A prova disso são as adesões de vários suplentes que já defenderam a Oposição como Renê Atleta, Elvis Ferreira, Marquinhos Aragão, Gilmar da Saúde e agora Paulinho Coelho.

 

O segundo ponto são as palavras ditas, em grupos de WhatsApp, por pessoas ligadas a Oposição de que a nova aliança teria aporte financeiro fornecido pelo prefeito, mas que nenhuma evidência foi apresentada até então.

 

O que essa aliança pode render a Santa Cruz do Capibaribe, na esfera federal

 

Nesse assunto, o prefeito Edson Vieira destacou que a nova aliança pode ter frutos, especialmente na obtenção de recursos.

 

“Na esfera federal, (essa aliança) pode contribuir com a deputada federal Luciana Santos, que tudo indica que vai ser a presidenta nacional do PC do B. Ela pode contribuir, com seu mandato, buscando recursos para Santa Cruz do Capibaribe e o partido, independente de exercer cargos ou não, pode contribuir com as decisões, participando de ações que vamos tomar”, frisou.

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Edson ainda completou que, na sua próxima ida a Brasília (ainda sem data definida) irá conversar pessoalmente com a deputada no seu gabinete, para fechar essa parceria em busca desses recursos.

A ausência de Carlos Lisboa

 

Carlos Lisboa, que teve participação nos mandatos de José Augusto Maia e Toinho do Pará  (PHS) enquanto prefeitos, e que também foi candidato em 2012 mas abandonou o projeto após várias divergências com o grupo taboquinha, não compareceu a coletiva.

 

Questionado se o político, que recentemente se tornou chefe de gabinete a Câmara de Vereadores a convite do atual presidente Afrânio Marques (PDT), apoiava a ideia da legenda ingressar ao grupo de Situação, ele respondeu:

“A nossa relação é muito tranquila. Ele não compõe a direção do partido, não participa ativamente das discussões e, inclusive, não  participou dessa construção atual, mas é uma pessoa que tem espaço no partido a hora que ele quiser. Contamos sempre com Carlos Lisboa” e completou: “Até pelo entendimento que ele tem e pela posição que ele ocupa hoje, é  provável que ele reconheça que o entendimento foi correto”, concluiu.

 

Ouça as entrevistas de Edson Vieira e Paulinho Coelho concedidas especialmente para o blog, clicando nos links a seguir: Entrevista Edson Vieira e Entrevista Paulinho

4 Comentários

  1. Adilson Velasquez disse:

    Falo nada, SÓ ÓLEO! KKKKKKKKKK

  2. Marcelo disse:

    Qual será o cargo que Paulinho vai ocupar?

  3. einstein disse:

    para mim não é surpresa, eu nunca confiei nesse Paulinho mesmo.

    1. Marcelo disse:

      pense num cabra fraco

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