Em meio às polêmicas e especulações sobre uma possível aproximação do vereador Zé Elias com o atual prefeito Edson Vieira (PSDB), o ex-vice-prefeito falou com exclusividade ao Blog do Ney Lima. Ele desabafou contando detalhes sobre seu relacionamento com os dois grupos políticos.
Zé Elias afirmou que permanece ao grupo Taboquinha, mas não escondeu a insatisfação devido às dificuldades enfrentadas na eleição passada.
Sobre a polêmica envolvendo sua participação na cerimônia de entrega das chaves da prefeitura a Edson Viera, Zé Elias afirmou que o ato se deu por um pedido de Toinho do Pará, o que não significa uma mudança de grupo.
“Não é obrigado por que eu fui entregar uma chave, e o prefeito Edson Vieira me chamou pra ser Boca-preta, eu já fui ser Boca-preta”, afirmou Zé Elias.
Perguntado sobre a possibilidade de mudar de grupo político, Zé Elias disse que é muito cedo para falar sobre isso e detalhou situações conturbadas vividas nos dois grupos políticos.
Zé Elias afirmou que a recente campanha política foi uma das mais difíceis de sua história. “Eu nunca tinha visto uma campanha difícil dessa. É cobra comendo cobra, dentro do próprio partido mesmo”, completou.
Em resposta ao blogueiro Marcondes Moreno, que publicou matéria afirmando que uma possível mudança política de Zé Elias envolveria o tema “CPI dos Terrenos”, o ex-vice-prefeito disparou: “Esse negócio que eu estou querendo ir para os Bocas-pretas, como Marcondes disse nos Blogs, por causa de CPI, ele tá muito enganado, que Zé Elias não tem medo de CPI não. Eu quero que bote quente em CPI e prove que Zé Elias tem alguma coisa de prefeitura”.
Zé Elias negou que exista qualquer problema no relacionamento político com o deputado federal José Augusto Maia (PTB), mas disse que “na política sempre há aquela sede de poder” e que ninguém dá chance a ninguém. Ele ressaltou que sempre teve muitas oportunidades nas passagens pelos dois grupos políticos e que essas oportunidades foram dadas pelo povo, “mas não pela não pela cúpula”.
Sobre o relacionamento político com o atual vice-prefeito Dimas Dantas (PP), o vereador Zé Elias disse que foi cumprimentado por ele no evento da posse, mas apenas isso. “Ele pegou na minha mão e eu peguei na dele (…), Dimas lá no canto dele e eu no meu canto”.
Ao ser perguntado se Dimas seria problema em uma possível volta de Zé Elias ao grupo Boca-Preta, o ex-vice-prefeito disse que preferia não detalhar o assunto.
No final de entrevista, Zé Elias dirigiu sua mensagem aos 1.425 eleitores que votaram nele na última eleição: “Eu sou o mesmo Zé Elias. Eu sou uma pessoa muito segura com as coisas, mas política sempre tem umas coisas que não agrada, mas entra quem quiser”, finalizou.
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