Após saída recente do Ministério das Cidades, o deputado federal Bruno Araújo (PSDB), retornou para Câmara Federal e garante que os planos políticos para 2018, seguem os mesmos: Unir forças políticas contrárias ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), para apresentar uma ‘nova alternativa’, próximo ano.
O tucano está entre os pré-candidatos para disputar o pleito contra o atual gestor, tendo o apoio do Democratas e PTB, entre outros.
Em entrevista à Rádio Polo FM, no seu gabinete, em Brasília, ele falou ainda sobre a reforma da previdenciária, acreditando que não será votado durante essa legislatura e disse que é preciso estar ‘com o coração aberto’, para alianças em 2018.
O período de mais de um ano à frente do Ministério da Cidades, é classificado por ele, como ‘positivo’, sobretudo, para o estado de Pernambuco, em especial a região Agreste. O tucano sustenta que são mais de R$ 3 bilhões, em investimentos, foram aprovados para área hídrica, habitação e mobilidade.
Para Bruno, o PSB em Pernambuco está fechando um ciclo, após duas vitórias do ex-governador Eduardo Campos e uma de Paulo Câmara.
“Virou uma página. Não consegue oferecer coisas novas, esperança a população”, diz.
As críticas ao governador Paulo Câmara, são pesadas. Para o tucano, o estado simplesmente sofreu um ‘apagão’, nos últimos anos.
“Pernambuco tem uma história de governadores firmes, fortes. Estado que sempre fez importantes revoluções no pais, com protagonismo […] Nos últimos 3 anos sofreu um apagão e parou na segurança pública”, afirmou.
Questionado se não teria algo que funcionou no estado, em seu entendimento, durante essa gestão, o deputado fala sobre o pagamento em dia dos servidores, mas ressalta que com um ‘custo’ deixando outras obrigações de lado.
“Sem pagar recursos de obras, hospitais, farmácias, deixando de repassar o FEM…”, diz.
Aliado de Armando Monteiro Neto (PTB), na ofensiva contra Paulo Câmara (PSB), Bruno Araújo diz compreender a questão local em Santa Cruz do Capibaribe, onde seu principal aliado, Edson Vieira (PSDB), já deixou claro não apoiar Armando para governo.
“Isso é sempre uma questão local. Todos nós temos dificuldades com questões locais. Nós temos que estar num contexto de algo maior, que é buscarmos um melhor resultado para Pernambuco”, falou.
Bruno ressalta que o prefeito de Santa Cruz se tornou referência na região.
“Se eu for para um projeto majoritário, Edson é meu deputado federal, na região”.
Mesmo com essa resistência de Edson ao nome do senador Armando, Bruno frisa que é ‘importante estar com coração aberto e portas abertas’ e lembra que em outros pleitos, no município, os cenários mudaram.
“Tudo isso vai ser discutido no momento próprio. Quantas vezes a gente já não viu, dentro de Santa Cruz, lado ‘A’ que não conversava com ‘B’ e na eleição se encontra e vota… Quantas vezes a gente já viu, em Santa Cruz, adversário locais, passando uma, duas eleições, se reencontrar lá na frente… Não estou dizendo que vai acontecer, nem estou dizendo que Armando Monteiro seja o candidato a governador… Estamos num momento muito menos de discutir nomes e dizer ‘o propósito nosso é construir um projeto maior, eventualmente podendo lutar numa chapa majoritária, oferecer alternativas a Pernambuco’”, disse complementando em seguida “Importante tá com coração aberto e portas abertas pra discutir o que for necessário para Pernambuco”.
Confira a entrevista realizada por Ney Lima e Janielson Santos.
