30
junho

Editorial


Vânio Vieira e o risco do descrédito

 

 

As gravações feitas pelo vereador santa-cruzense Vânio Vieira (PSDB) durante uma reunião secreta entre políticos do grupo governista podem surtir efeito contrário ao que se esperava.

 

Em tese, o ato de entrar em uma reunião política com um gravador poderia ser justificado caso o conteúdo, que fosse revelado, tivesse excepcional interesse público a ponto de desencadear ações que pudessem contribuir para o combate a corrupção, mas não é esse o quadro que se configura.

 

Um mês após a revelação de que uma reunião interna do grupo governista teria sido gravada, o vereador Vânio Vieira, que se comporta como delator do governo, utilizou as gravações apenas para ameaçar os novos adversários.

 

O único trecho revelado a imprensa, que apresenta uma discussão entre o prefeito Edson Vieira (PSDB) e o vereador Afrânio Marques (PDT) para apressar a votação do projeto da previdência própria, não caracteriza nenhuma ameaça a sociedade.

 

O fato de o prefeito Edson Vieira justificar a necessidade da votação pela falta de dinheiro na prefeitura foi desmistificado pelo próprio vereador oposicionista Fernando Aragão (PROS), que em recente entrevista explicou que a previdência própria vai provocar uma redução no valor do recolhimento do benefício, gerando economia para o governo.

 

Caso as gravações feitas por Vânio Vieira se caracterizem apenas como arma para o embate político-eleitoral, o parlamentar tende a ser reconhecido apenas como mais um político sem confiança.

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