01
janeiro

Cobertura especial – Eleitos tomam posse e Câmara realiza votação da nova Mesa Diretora em Santa Cruz


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Fotos: Thonny Hill e Janielson Santos.

Na tarde deste domingo (01) foi realizada a cerimônia de posse do prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), de seu vice Dida de Nan (PSB) e também dos 17 vereadores eleitos e reeleitos nas últimas eleições municipais de 2016.

A cerimônia aconteceu na Câmara de Vereadores, que ficou lotada com a presença de políticos (entre eles o deputado estadual e primeiro secretário da Alepe, Diogo Moraes – PSB), autoridades das classes religiosa e empresarial, familiares e demais convidados, além da imprensa do município e região.

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O público que se dirigiu até a Câmara também pôde acompanhar, do lado de fora, a cerimônia, que foi transmitida através de telões. O evento também foi marcado pela eleição da nova Mesa Diretora do Legislativo Municipal para o biênio 2017/2018, onde apenas a chapa com membros da bancada governista, composta pelos vereadores Zé Minhoca (PSDB), Ronaldo Pacas (PR) e Klemerson Pipoca (PSDB), foi apresentada e empossada.

Protocolo seguido à risca – a cerimônia de posse

Durante a cerimônia, que foi presidida pelo vereador mais votado no município, Nailson Ramos (PMDB), todos os políticos eleitos e reeleitos cumpriram o protocolo, onde apresentaram seus diplomas e as suas declarações de bens, assim como fizeram o juramento e assinaram o livro na Casa de Leis, tomando assim, em definitivo, a posse dos seus cargos.

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O vereador Helinho Aragão (PTB) falou pela oposição, e destacou que buscará união entre as bancadas em benefício da população. Ele também criticou o prefeito por, segundo ele, não atender projetos importantes para a cidade.

“Vou trabalhar para que essa união de forças aconteça realmente. Vamos juntos, fortes por que quem vai ganhar é nossa terrinha querida Santa Cruz do Capibaribe”, falou.

Já a vereadora Jéssica Cavalcante (PTC) falou pela bancada de situação, fez agradecimentos aos companheiros e pesadas críticas aos adversários políticos.

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“Para todas as pessoas que duvidaram que eu e o prefeito Edson Vieira estaríamos tomando posse hoje, é mais quatro! Para todas as pessoas que durante a campanha para tentar desestabilizar o nosso prefeito, numa campanha derrotada, usaram o nome da sua mãe e de sua filha, pessoas que não militam na política, é mais quatro! Para pessoas, que durante quatro anos desejaram o quanto pior, melhor, é mais quatro!”

Após essa primeira etapa, a cerimônia foi suspensa por meia hora, dando vez as movimentações de bastidores, realizadas para a escolha de quem seria o novo presidente da Câmara, assim como o primeiro e segundo secretários.

Movimentações para a escolha da nova Mesa Diretora e mais uma polêmica

Durante a suspensão da cerimônia, corredores e salas foram os locais escolhidos para dar sequência à série de articulações não só entre as bancadas de Oposição e Situação, mas também com as principais lideranças dos dois grupos políticos.

Durante as articulações, ainda se notava um clima de indefinição, não quanto a eleição da chapa situacionista, mas sobre qual seria o resultado da votação. Entre as rodas de conversas e comentários do público, a maioria deles esperava que toda a bancada de Oposição votasse contra ou se abstivesse de votar na chapa situacionista, fatos que não aconteceram.

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Dos sete, cinco deles votaram favoráveis a nova chapa, fato que pegou muitos de surpresa. Apenas Deomedes Brito (PT) e Carlinhos da Cohab (PTB) votaram contra, fazendo referência a algumas posições polêmicas tomadas por Zé Minhoca, enquanto vereador.

Entre elas estavam o de solicitar, através de requerimento, a instauração de uma CPI e depois votar contra o mesmo requerimento, assim como a condução dos trabalhos enquanto presidia a CPI para apuração de denúncias relacionadas ao Calçadão Miguel Arraes de Alencar.

Já a votação favorável dos demais foi expressada pelo líder da bancada Ernesto Maia (PT), que colocou o pedido do mesmo para que o governo Vieira divulgasse as despesas e empenhos no São João da Moda 2016, uma exigência também da Oposição e que não foi atendida.

Com a votação nominal e aberta de todos os vereadores, a nova Mesa Diretora foi eleita e empossada, pelo placar de 15 votos favoráveis e 02 contrários. A polêmica aconteceu na hora do discurso do novo presidente, onde parte da bancada de Oposição se retirou do plenário. Ficaram apenas Helinho Aragão (PTB), Capilé (PTN) e Augusto Maia (PTN).

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Já o gesto protagonizado por Ernesto, Carlinhos, Marlos e Deomedes dividiu as opiniões do público, mas foi duramente criticado durante pronunciamentos de situacionistas.

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Saída dos vereadores.

Palavra do presidente 

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Eleito presidente, Zé minhoca fez questão de repudiar a atitude de alguns oposicionistas de se retirar do plenário e exaltar a permanência de Helinho Aragão, Capilé e Augusto Maia.

Ele disse ter consciência da responsabilidade do cargo e do trabalho que inicia.

“Me sinto extremamente honrado em assumir a presidência dessa casa, referencia para Pernambuco e o Brasil. Estou ciente da enorme responsabilidade de dar continuidade e sequencia aos trabalhos dos ilustres colegas ex-presidentes Junior Gomes e Afrânio Marques.Horarei essa historia e continuarei dando minha contribuição pessoal, que não é nenhum favor, mas minha obrigação”.

União e parcerias

img_4630Diogo Moraes destacou a parceria com o prefeito e obras vinculadas ao governo do estado que tiveram a sua participação.

“Estamos num tempo em que precisamos de união. União que simboliza uma chapa vencedora”, disse e completou mais à frente “A união desta casa, com essa chapa vencedora, com as parcerias do governo estadual, federal, podemos dizer que hoje iniciasse um ano de dias melhores”.

Diogo ainda citou a obra de duplicação, obras hídricas e afirmou que “em quatro anos, o grupo mostrou o caminho de desenvolvimento” e que foi o grupo que mais fez e fará por Santa Cruz do Capibaribe”.

O desabafo

img_4619O vice-prefeito Dida de Nãn (PSB) disse chegar tranquilo ao posto. Ele falou sobre a passagem na Casa José Vieira de Araújo e, em tom de desabafo, relembrou as derrotas eleitorais em 2004 e 2008.

“Estou mudando de endereço, saindo da Câmara indo para prefeitura de Santa Cruz, mas consciente e tranquilo que fiz meu trabalho, aqui com muito trabalho respeito”, falou.

Sobre as eleições de insucesso falou. “Sobrou pra mim. Diziam ‘Isso é um pé frio’, mas eu estava consciente de tudo que aconteceu e sabia que não era minha culpa”.

Dida ainda afirmou que, durante o tempo no legislativo, oposicionistas tentaram lhe desestabilizar, e finalizou reafirmando que o prefeito terá alguém fiel ao seu lado.

Continuação

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Em seu discurso, o prefeito Edson Vieira (PSDB) agradeceu a amigos, familiares, secretários e militantes. Ele aproveitou para lamentar e criticar a postura de oposicionistas que deixaram a Câmara, antes do seu pronunciamento.

“Queria muito que a oposição tivesse aqui. Nem todos tem a grandeza de receber o resultado das urnas e encarar o desafio com responsabilidade de ser uma oposição. A Oposição faz arte da democracia, mas desde que seja exercida com responsabilidade, de uma maneira para contribuir com o município, com o estado e a união”, disse, enfatizando que em 2004 foi eleito vereador e ficou até o fim da sessão que deu posse ao adversário eleito prefeito à época, José Augusto Maia.

O gestor ainda relembrou os primeiros quatro anos de governo, disse estar bem mais experiente para o segundo mandato, e enfatizou a parceria com o deputado Diogo Moraes.

“Hoje tenho a consciência tranquila, que os desafios foram enfrentados com dedicação, respeito e amor. Tivemos acertos e erros. Precisa ser humilde para reconhecer os erros e encarar desafios”, falou.

A praça de alimentação, o calçadão Miguel Arraes de Alencar e as pavimentações realizadas, em cerca de 60km na cidade, estiveram entre os destaques das obras.

“Um prefeito que não se acovardou, apesar da crise e receio que existia, cobrou dos secretários, escutou o povo e buscou oportunidades”, falou.

A entrega simbólica das chaves da Prefeitura

 

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Com o término da cerimônia na Câmara, grande parte do público que acompanhou do lado de fora, assim como os vereadores situacionistas e secretários de governo, se dirigiram à prefeitura, para acompanhar a entrega simbólica das chaves.

A entrega foi marcada por fortes discursos políticos, não só exaltando obras realizadas na gestão anterior e as metas do novo governo, mas também de críticas a Oposição, em especial ao se retirar da cerimônia antes dos pronunciamentos de Diogo Moraes e do próprio Edson Vieira.

Coube ao presidente da Câmara, Zé Minhoca, passar as chaves ao prefeito, que seguiu com comitiva e parte da população para apresentar as instalações da nova prefeitura, assim como seu gabinete e o do seu vice.

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