04
julho

Atual Secretário de Educação em Santa Cruz já recebeu salário pela prefeitura sem trabalhar, afirma Dimas


Fotos: Thonny Hill

Em entrevista concedida nesta terça-feira (04) no programa Rádio Debate, o ex-vereador e vice-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Dimas Dantas (PP), fez diversas revelações de quando era secretário e também novas cobranças ao prefeito Edson Vieira (PSDB), ex-aliado político.

Alguns pontos podem ser destacados e entre as revelações, Dimas citou nomes que compõem ou já fizeram parte da composição de governo do prefeito e também a cobranças sobre a não aplicação de recursos que, segundo o mesmo, teriam sido destinados ao município especialmente via emendas parlamentares.

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Sobre estrada em frente a UPA, iniciada ainda na gestão de Toinho do Pará:

“Sobre aquela pista em frente da UPA, quando assumimos (o governo em 2013), mandei chamar o dono daquele loteamento que fica do outro lado. Ele veio e ofereceu na época R$ 300 mil a prefeitura. O prefeito só aceitava se fosse R$ 600 mil, que a gente previa para construir a Central de Feiras e Mercados e ele não quis e ele não deu. Dissemos então que iriamos destruir (a estrada)” e completou: “Onde está o dinheiro, pelo menos os R$ 300 mil que o dono do loteamento  que fez aquela estrada ofereceu a prefeitura? Será que o administrador permitiu que aquela pista continuasse lá sem que se desse nada? Aquilo foi um acordo para se beneficiar o loteamento dele, que está do outro lado do rio” – disse.

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Críticas à gestão e cobranças quanto as emendas parlamentares

Dimas, crítico ferrenho da atual gestão municipal, ressaltou pontos positivos do governo, a exemplo da Central de Feiras e Mercados e o novo Centro de Educação Infantil que foi entregue recentemente, mas fez críticas ao prefeito quando o assunto são recursos que teriam sido destinados ao município.

“Onde é que está a cozinha industrial de Eduardo Dafonte? São R$ 900 mil batizados e onde é que está? Onde está R$ 1 milhão que ele colocou em 2016 e agora colocou mais R$ 1,5 milhão para a compra de equipamentos para a saúde… Faço a pergunta: o prefeito trabalha só para se reeleger ou para a cidade? Quando ele perde recurso, se está trabalhando contra a cidade que ele administra” e completou: “Não posso aceitar que se perca esses recursos para não se valorizar o autor das emendas. Eu penso diferente” – frisou.

O mesmo citou que o principal ponto negativo do governo, segundo ele, seria a falta de transparência quanto aos recursos públicos.

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Questionamento quando ao anúncio de prestação de contas do São João da Moda 2017

“Vejam a coincidência. Segundo a Oposição, ela esteve na prefeitura para acompanhar a licitação que ia ser feita para os camarotes e da empresa de bebidas; mas faço outra pergunta: estranhamente, ao longo de todos esses anos que não houve a prestação de contas (de 2013 a 2016) e como agora ficou claro que não houve licitação, já que a prefeitura deu uma declaração dizendo que não se houve licitação, ela (a prefeitura) se coloca que vai prestar as contas? Ele (o gestor de Turismo e Lazer, Claudio Soares) sabe que houve um crime ocorrido contra a Lei de Licitação. Como é que se favorece uma empresa sem ela se ter concorrido com ninguém e quando ela está ganhando, o que ela deu a prefeitura? Será que outra empresa não daria mais?” – questionou.

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Atual Secretário de Educação já recebeu salário pela prefeitura sem trabalhar, afirma Dimas

O último ponto a ser destacado foram as alegações de supostas demissões realizadas por ele quando era secretário de Educação. Segundo Dimas, mais de 60 funcionários supostamente fantasmas (aqueles que recebiam, mas não trabalhavam de fato) teriam sido demitidos e citou que, entre eles, estão dois nomes ligados diretamente ao prefeito Edson Vieira.

“Levantei 68 nomes de funcionários e coloquei para fora (…) Mandei fazer um levantamento em todas as escolas e respondo na minha pasta… Coloquei para fora” e completou mais adiante: “Algumas delas voltaram e três pessoas que eu dei por escrito ao prefeito e importantes para essa cidade, que não trabalhavam, uma era a esposa de Dr. Neves, que é professora do município e morava em São Caetano. O outro foi Joselito (Pedro) que não trabalhava, o atual Secretário (de Educação), que também não trabalhava; exatamente isso. A terceira pessoa era uma irmã ou tia de Priscila (Ferreira, que era ex-secretária de governo e atualmente exerce cargo no Coniape)” – disse.

A entrevista completa pode ser ouvida no áudio já disponibilizado do programa Rádio Debate.

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