Foto: Thonny Hill (arquivo).Na tarde desta terça-feira (28), um novo assunto ganhou destaque em toda a imprensa da região: o afastamento da juíza de Belo Jardim, que também já respondeu pela comarca de Brejo da Madre de Deus, a Dra. Marcyrajara Gois de Arruda.
De acordo com as informações apuradas até o momento, a juíza foi afastada por 140 dias de suas funções pela denúncia de tratamento descortês contra um advogado, fato que gerou um processo administrativo.
Com as investigações, que foram feitas pela Corregedoria Geral de Justiça, outros desvios atribuídos a Dra. Marcyrajara foram apontados, mas até o momento não foram revelados.
A juíza também estava à frente das primeiras audiências dos envolvidos na morte do garoto Flânio Macedo, vítima de um ritual de magia negra em julho de 2012.
A decisão pelo afastamento da juíza foi publicada ontem (28). Confira o documento na íntegra:
“Poder Judiciário – Tribunal de Justiça de Pernambuco
Ato do dia 27 de janeiro de 2014
O desembargador Fernando Eduardo Ferreira, presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, em exercício, no uso de suas atribuições legais e regimentais,
Considerando a decisão unânime da Corte Especial, na Sessão do dia 27 de janeiro de 2014, nos autos do Procedimento Administrativo Prévio nº 617/2012-CGJ,
Resolve:
Nº 83/14–SEJU – afastar, cautelarmente, do exercício da função judicante, a Dra. Marcyrajara Maria Góis de Arruda , Juíza de Direito da 2ª Vara da Comarca de Belo Jardim, Matrícula nº 176.012-2, a partir do dia 28/01/2014 até a decisão final do processo administrativo disciplinar, sem prejuízo dos seus vencimentos e vantagens, nos termos do voto do relator”.
A juíza também teve papel importante nas eleições suplementares brejenses, quando estava a frente daquela comarca. Dra. Marcyrajara chegou a indeferir a candidatura de Hilário Paulo (PSDC), conduziu as eleições suplementares daquele município e também deu a posse ao prefeito, Roberto Asfora (PSDB).
