16
janeiro

Número de assassinatos em Pernambuco é o maior em 14 anos, revela SDS-PE


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Foram divulgados pela Secretaria de Defesa Social do Estado (SDS-PE) os números relativos aos assassinatos que aconteceram em Pernambuco no ano de 2017. Infelizmente, os dados mostram que houve um aumento significativo nos chamados Crimes Violentos Letais e Intencionais (os CVLI) onde, no Estado, foram assassinadas 5.427 pessoas. Se forem levados em consideração os números de 2016, onde 4.479 pessoas foram mortas, o aumento foi de 21,1%.

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Tráfico de drogas está ligado a maioria dos assassinatos, afirma Secretário

Em entrevista concedida a Globo Nordeste na noite anterior, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antônio de Pádua, falou sobre o porquê, segundo ele, desse número de mortes ter aumentado em comparação ao ano anterior.

Segundo ele, a ligação com o tráfico de drogas tem sido o motor que impulsionou o aumento nos assassinatos.

“Essas mortes estão diretamente relacionadas, a grande maioria delas, ao tráfico de entorpecentes. Infelizmente em Pernambuco, e no Brasil como um todo, essa prática do tráfico aumentou bastante nos últimos anos e em Pernambuco não foi diferente. Cerca de 60% de nossas mortes no estado estão relacionadas ao tráfico de drogas” – disse.

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Número de assassinatos é o maior em 14 anos, revelam dados

Outro fato que chama a então é a evolução no quantitativo de mortes no Estado. Se levarmos em consideração também os números de 2004, ano em que os dados começaram a ser contabilizados pela SDS, o número de assassinatos registrado em 2017 é o maior em 14 anos.

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Estagnação do Pacto pela Vida

Os números divulgados pela SDS ressaltam que o programa Pacto pela Vida, criado para reduzir o número de homicídios no estado a cada ano, revelam a atual estagnação do programa.

Criado em maio de 2007 ainda na primeira gestão de Eduardo Campos (PSB), o Pacto pela Vida conseguiu reduzir o número de homicídios em Pernambuco até 2013, porém no último ano do segundo mandato de Eduardo, o mesmo já mostrava os primeiros sinais de estagnação.

Em 2013, foram assassinadas 3100 pessoas e, no ano seguinte, 3434. Já durante a gestão de Paulo Câmara, os números continuaram a crescer anualmente, até atingir a atual marca de 5.427 assassinatos, mesmo com as ações implantadas e criação de novos batalhões a exemplo do Biesp.

Confira o gráfico:

 

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