26
outubro

Em Santa Cruz – Debate aborda números, qualificação e estratégias para crescimento do mercado da moda até o final do ano


Fotos: Thonny Hill

Na noite da última quarta-feira (25) foi realizada a primeira edição, em Santa Cruz do Capibaribe, do Fórum de Debates – Cenários da Moda 2017. Realizado no Teatro Municipal, o evento foi promovido pela Fecomércio-PE em parceria com a Prefeitura Municipal, Sebrae e Senac, tendo como objetivos a promoção de um debate sobre diversos temas.

Entre eles estavam: a crise econômica e política, alternativas crescer em meio à crise, as mudanças nos perfis de consumo do brasileiro, posicionamento de marcas, números atuais do mercado da moda, a necessidade me maior qualificação profissional entre outros pontos.

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Prefeito lamenta pouco público e faz críticas as entidades

No evento, foram realizadas duas palestras, sendo a primeira com o economista, consultor da ONU e sócio do instituto IEMI (Inteligência de Mercado), Marcelo Prado, e a segunda com o estilista e professor do Senac-PE, Luiz Clério. Após, houve um debate onde o público também interagiu nas discussões com várias perguntas aos palestrantes.

Mas antes disso, coube ao prefeito Edson Vieira (PSDB) fazer a abertura e o mesmo fez críticas a pouca presença de público. Segundo ele, entidades e vários setores da classe empresarial do município foram convidados a participar do debate, mas que, segundo o mesmo, “fica a interrogação sobre o porquê desse baixo comparecimento”.

 

“Há uma cobrança muito grande a prefeitura traga pessoas, palestrantes, para se promover a troca de experiências… Mas na hora em que se traz, há uma omissão; o associativismo não comparece. Entidades foram convidadas, outras pessoas também, foi enviado fichas de inscrição e nem todos comparecem. Fico triste, pois não é fácil trazer palestrantes desse gabarito para cá e esperávamos que esse teatro estivesse lotado; mas aqueles que estiveram aqui, vão sair com um conhecimento enriquecedor” – desabafou o prefeito.

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Mercado da moda deve crescer em 2017, diz especialista do IEMI

Abrindo as palestras, Marcelo Prado trouxe a palestra “Mercado Têxtil e Moda Brasil: desempenho, perspectivas e desafios”.

O palestrante fez uma mostra de dados originados de pesquisas feitas pelo IEMI, que mostram aspectos como: a produção atual de moda e vestuário no país (5,7 bilhões de peças por ano até 2016), a motivação da mudança no desejo e nos perfis de consumo frente ao cenário de crise, a ascensão da chamada Classe B, a importância do estímulo ao comércio varejista, o crescimento das vendas pela internet (14% atualmente do número de vendas de moda e vestuário) entre outros.

Marcelo também mostrou a importância das empresas em rever seus conceitos quanto ao posicionamento de marca, além de oferecer produtos que aliem qualidade, inovação, com investimento no design e outros diferenciais.

 

“Quem age assim consegue fornecer produtos que ninguém tem e que esse consumidor não troca por nada e nem por ninguém, pois sabe que ele faz seu produto da forma correta, com posicionamento e diferenciais a oferecer, sem matar seu lucro” – disse Marcelo Prado.

Ainda de acordo com o palestrante, a economia da moda e vestuário no país passa por um momento mais otimista mesmo com a crise política, alegou que esta deve crescer 5,8% este ano, impulsionados pelas vendas no varejo. Ainda segundo ele, a economia deve atingir patamares antes da crise econômica até 2021.

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Melhor gestão e estímulo aos colaboradores a novas áreas são chaves para crescimento, afirma Luiz Clério

Já Luiz Clério abordou o tema “A moda em profissões”, onde deu destaque aos novos profissionais que podem ajudar as empresas de moda e vestuário a crescer perante a crise.

Ele destacou os chamados “influenciadores digitais”, o crescimento do comércio eletrônico, a necessidade de maior presença das empresas para abrir possibilidades maiores de vendas, a importância da gestão correta das redes sociais, estímulo as competências de colaboradores entre outros.

O palestrante falou sobre a importância das empresas em estimular a qualificação de seus profissionais através da criatividade, como forma de desenvolver produtos com qualidade diferenciada e que possam encantar seus consumidores.

 

“Isso são aceleradores. Temos um caminho muito grande para trilhar que é a tecnologia e ela nos traz vários processos novos. Temos que criar ambientes criativos, profissionais criativos, de modo a inovar em nossos produtos; trazer o diferente e atrair o nosso consumidor” – pontuou Luiz Clério.

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