16
abril

Do Blog de Jamildo


Empresa acusada de usar lixo hospitalar para produzir forros de bolso em Caruaru volta a operar em Suape

 

Sem alarde, a empresa de importação NA Intimidade, que usa o nome fantasia Império do Forro de Bolso, voltou a operar no Porto de Suape, trazendo material de confecção do exterior para a produção de forros de bolso, na área da Sulanca, em Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe. A empresa operou pelo canal cinza, um dos mais rigorosos da Receita Federal, em função de toda a polêmica gerada em torno das operações questionadas, no final de 2011.

 

“O desembaraço aduaneiro deste terça-feira é histórico para o empresário Altair Teixeira de Moura. Ele recebeu um atestado de lisura da Anvisa, da Receita Federal, da Policia Federal e da Secretaria da Fazenda do Estado, que acompanham essas operações. Ficou provado que o episódio de 2011 foi um acidente e ele não agiu como um bandido”, declara o advogado aduaneiro da empresa, Gilberto Lima.

 

A empresa Império do Forro de Bolso promete retomar a produção ainda neste mês, depois de recontratar cerca de 40 funcionários. Durante a crise, o Ministério Público do Trabalho (MPT) obrigou a demitir todos os empregados. “Ele não poderia nem mantê-los ociosos na produção. Pagou a todos e mandou-os embora. Eles estavam sofrendo discriminação na cidade, como se fossem leprosos”, relembra o advogado.

 

A empresa Império do Forro de Bolso ficou sem operar desde outubro de 2011, mas não chegou a ser fechada legalmente, podendo voltar a cortar e revender a sua produção agora nas praças de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru.

 

Processo contra o Estado

 

No auge da polêmica, até o governador Eduardo Campos criticou a empresa Forro de Bolso e o empresário Altair Teixeira de Moura, chamando-o de bandido. O empresário é cearense, mas vive em Santa Cruz do Capibaribe

 

“Até hoje não entendo porque o acidente aconteceu em Suape e foi levado para o Agreste. Não havia um só tecido lá na sulanca, minimamente maculado. O governador foi açodado ao chamar o empresário Altair de bandido sem ele ser um bandido. Mas tudo isto agora é passado, viramos uma página, vamos devolver a auto-estima à uma região e resgatar empregos na região, cuja economia está em declínio, com a seca”, diz.

 

Em tese, a empresa poderia representar contra o Estado, uma vez que a Apevisa mandou incinerar todo o seu estoque, em Santa Cruz do Capibaribe. O advogado Gilberto Lima diz que o empresário não tem intenção de representar contra o Estado, “por vestir a camisa de Pernambuco”, mas contra o exportador americano.

 

“Agora, esse governo socialista, que ajudou a desgraçar uma empresa local, poderia estender a mão e oferecer um crédito tributário presumido de ICMS, para ajudar a empresa a se recuperar”, defende.

 

A Apevisa (Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária) recolheu aproximadamente 6T de tecidos no depósito do Império do Forro de Bolso em Caruaru. Em Santa Cruz do Capibaribe, no depósito da NA Intimidade, aproximadamente mais 15T foram recolhidas. Em Toritama houve o recolhimento de aproximadamente outras 15T, também da NA Intimidade.

 

O processo de indenização que a empresa NA Intimidade vai buscar deve ter como alvo o exportador americano e aguarda a conclusão de um inquérito do FBI, que chegou a entrar na investigação do caso, a pedido do governo do Estado. “Assim que este relatório for concluído vamos entrar com uma ação nos EUA com pedido de indenização e lucros cessantes”, afirma Gilberto Lima. No caso, será responsabilizada a exportadora Texport Inc e os seus sócios, que não se limita a um brasileiro.

 

Contra o Ibama, a empresa já venceu todas. O advogado aduaneiro conta que já conseguiu derrubar multas no valor de R$ 6 milhões.

 

Naquela época, a empresa ainda foi obrigada pelas autoridades sanitárias a embarcar para os EUA os dois contêineres que estavam em Suape, em devolução para exportadora Texport Inc., com anuência das autoridades americanas e brasileiras, sob o argumento de quebra de contrato por parte da exportadora.

 

 

Um Comentário

  1. Jânio Nunes disse:

    Como o povo tem a mente fraca, esperamos que seja fiscalizado esse rapaz que comercializa com esse tipo de produto (fôrro de bolso) para que ñ venha a acontecer novamente, se bem que todo mundo aqui de santa cruz viu o tamanho da MAU REPERCUSSÃO que principalmente santa cruz teve com a “brilhante idéia desse rapaz cearense” em comercializar naquela ocasião, os tecidos de restos Hospitalares, esperamos que as autoridades ñ deixem a coisa correr solta, pra que no futuro nós ñ tenhamos que sofrer com a REPERCUSSÃO NEGATIVA novamente. é isso…

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