26
setembro

Delegacia da Mulher para Santa Cruz é solicitada durante audiência pública


Fotos: Evane Manço e Edson Arruda.

O pedido de instalação de uma Delegacia Especializada da Mulher esteve presente na fala de todas as participantes que fizeram intervenções durante a audiência pública realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alepe, nessa quarta (25), em Santa Cruz do Capibaribe. O evento, que ocorreu na Câmara de Vereadores do município, marcou a retomada do projeto Comissão Itinerante pelo colegiado.

No discurso de abertura, a presidente da Comissão da Mulher, deputada Delegada Gleide Ângelo (PSB), lembrou que, pela primeira vez na história, a Assembleia tem dez mulheres na composição do colegiado. Ela destacou que a população de Pernambuco é composta por 53% de mulheres, mas que elas não ocupam os espaços de poder nessa proporção.

Para a parlamentar, as mulheres são maioria e se comportam como minoria porque a sociedade continua prosperando uma cultura machista. Ainda segundo ela, ser feminista “não é ser o contrário de machista, mas ser uma mulher que luta por direitos iguais”.

Gleide Ângelo anunciou que a Comissão vai encaminhar as demandas que não são de competência da Alepe para os órgãos responsáveis, para que possam ser resolvidas. Ela avaliou que o evento teve resultado positivo.

De acordo com o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira, o município tem atuado para diminuir a desigualdade entre homens e mulheres ao pôr em prática diversas políticas públicas para a população feminina.

Em 2017, Santa Cruz do Capibaribe recebeu da Alepe o prêmio Prefeitura Amiga das Mulheres.  A homenagem, criada em 2013, julga projetos voltados para saúde da mulher, enfrentamento à violência, elevação do nível de escolaridade e ocupação em cargos de alto escalão do Poder Público municipal.

A estudante de Serviço Social Edinaete Silva contou que, durante o estágio que fez na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, acompanhou vários casos de violência contra a mulher. Segundo ela, muitas mulheres permanecem nessa condição por não saberem que são vítimas, mas a conscientização da sociedade pode ajudar a combater o problema.

Por sua vez, a estudante Josiane Bezerra pediu à Comissão que realize um debate sobre a condição da mulher negra em Santa Cruz do Capibaribe. Para ela, esse grupo é maioria na formação da população da cidade e também o mais vulnerável, pois sofre diversos preconceitos. “Sinto falta de políticas públicas voltadas para esse segmento.”

Entre as outras cobranças feitas durante a audiência pública, estão a criação de um campus da Universidade de Pernambuco (UPE) na região, a liberação de verbas do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) destinadas a Santa Cruz e uma visita do colegiado à periferia da cidade para conhecer as condições de trabalho das mulheres da localidade.

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Fonte: ALEPE

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