Gilson “Boca de Jacaré” será o homenageado no Baile Municipal

 

 

O pesqueirense de 74 anos, Gilson Fernandes da Costa, passista de frevo conhecido como Boca de Jacaré, que reside em Santa Cruz do Capibaribe desde o ano de 1956 e tornou-se um dos ícones das tradicionais festividades carnavalescas que animavam o município, relembrou fatos que marcaram uma época que durou do período de 1956 até meados de 1980.

 

A recém-emancipada, Santa Cruz do Capibaribe, foi palco de comemorações do carnaval que atraíam tanto moradores de cidades da região Agreste, como Jataúba, Toritama, Brejo da Madre de Deus, Taquaritinga do Norte e Caruaru, como turistas de São Paulo e Rio de Janeiro que tomaram conhecimento da cidade que vendia artigos de confecções a preços baixíssimos e tinha um carnaval ladeado pelos blocos de frevo e bailes nos clubes, chegando a formar duas escolas de samba na década de 1970.

 

“Desde os meus seis anos de idade, brincava carnaval em Pesqueira e quando cheguei aqui em Santa Cruz aos 15 anos, todos se admiravam com minha animação e meu jeito de dançar carregando a bandeira do bloco e puxando os passistas que dançavam ao som das orquestras embaladas por Zé de Areia, Pratinha e Augustinho Rufino que desfilavam pela Rua Grande até o dia amanhecer nos quatro dias de carnaval”, descreveu Boca de Jacaré, que no ano de 2014 será o homenageado do 2º Baile Municipal, festa beneficente, organizada por Alessandra Vieira que acontecerá dia 21 de fevereiro, no Cabana Clube e terá sua renda revertida para Casa da Criança e AADESC.

 

Segundo o passista, fatores como a prosperidade econômica oriunda do crescimento da Sulanca que levou os confeccionistas a passar o carnaval no litoral e desentendimentos dos integrantes dos blocos por motivação de partidarismo político, contribuíram para o fim dos carnavais da cidade santa-cruzense que na atualidade registra um alto número de foliões que viajam para outros locais em busca de diversão.

 

“Fiquei contente demais por ser homenageado, pois chegar aos 70 anos e ser  reconhecido pelos jovens e admirado pela minha animação é motivo de muito orgulho para mim”, ressaltou. “Infelizmente, as famílias passaram a viajar para o litoral nos dias de carnaval e a cultura de festejar o período foi esquecida, cultura essa que está sendo reavivada com a realização de arrastão do frevo e dos bailes nos clubes”, finalizou o folião que mesmo acometido por problemas de saúde não resistiu e caiu no frevo nos dois arrastões ocorridos nos dias 9 e 16 de fevereiro.

 

 Informações da Assessoria.

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