01
fevereiro

Maestro santa-cruzense é destaque em portal musical do Ceará


Foto: Revista Desafio´s

O maestro santa-cruzense, Rubinaldo Catanha foi destaque nesta terça-feira (31) do Portal Brasil Sonoro do estado do Ceará. O Site aborda informações relacionadas à formação e no desenvolvimento dos músicos, além de disponibilizar partituras.

Durante a entrevista, o músico falou sobre o seu pensamento quanto ao futuro da música, participação da população e a importância da música para o desenvolvimento social.

Confira a matéria publica na íntegra:

ENTREVISTA – MAESTRO RUBINALDO CATANHA (PE)

Natural de Santa Cruz do Capibaribe, agreste pernambucano. De voz suave, vida humilde e talento de sobra. Apesar de ter começado um pouco tarde no mundo da música, por volta dos 15 anos de idade, Rubinaldo Catanha se mostra um homem dedicado, e que busca viver como as notas musicais: uma por vez para criar a bela sinfonia de sua vida consagrada como músico.

Vindo de uma família de músicos, o talento corre as veias do Maestro, que atualmente trabalha e vive da música. O Portal Brasil Sonoro conversou com Runinaldo Catanha para conhecer sua história, sua visão atual sobre a música e como ele vê o atual cenário desta arte no Brasil.

A CONVERSA ENTRE O PORTAL BRASIL SONORO E MAESTRO RUBINALDO CATANHA

PBRS: HÁ 30 ANOS NO MUNDO DA MÚSICA, MAESTRO, COMO TU VÊ A EVOLUÇÃO DAS BANDAS DE MÚSICA NO BRASIL?

Maestro: Vejo com muita preocupação. Há outras mídias, muita tecnologia, muita engenhosidade e pouca criatividade que surge na contramão. Há pouca construção de novas ideias, e na questão da falta de apoio, isso é um grito. No segmento musical, em todo o Brasil, não há o investimento neste meio que não há segregação. É para 8 ou 80, para todas as raças, para todas as classes sociais e todos os gêneros. A música, infelizmente, vem a cada ano tendo notícias de encerramentos de banda. Isso me entristece muito.

PBRS: E VOCÊ VÊ UMA PARTICIPAÇÃO ATIVA NO PÚBLICO BRASILEIRO PARA CONTORNAR ISSO?

Maestro: Nós vivemos a época do comodismo. Comodismo com as tecnologias com benfeitorias que são necessárias, mas num comodismo criativo. O público acaba sendo um reflexo desta produção que não é criada. Há uma incultura que não ajuda os jovens a evoluir. Há trabalhos no Brasil que estão isolados, e ninguém vê. Tenho um olhar um pouco pessimista – e talvez realista – de que o público é apenas reflexo daquilo que não pode ser refletido, porque não há.

PBRS: A MÚSICA É UMA FORMA DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL, MAESTRO?

Maestro: Como a música é um espaço muito democrático, é muito prático inserir os jovens nesse meio. É uma forma, portanto, direta e barata de inclusão social. Infelizmente os governantes não investem como deveria. Mas a música é uma forma direta, agregadora e saudável de inserção social daqueles que estão à margem da sociedade; no ócio.

PBRS: PARA FINALIZARMOS, MAESTRO, O PORTAL GOSTARIA DE SABER SE VOCÊ VÊ COM BONS OLHOS VIVER DE MÚSICA NO BRASIL. AFINAL, É POSSÍVEL?

Maestro: Rapaz, eu te diria que qualquer profissão no Brasil está difícil. Tá bom só para os maus políticos (risos), porque bons políticos ainda existem. Mas assim, tem que batalhar muito, estudar muito e atravessar as dificuldades. A cada vez, a cada ano, presenciamos isso. Pessoas sem talento acumulando milhões, enquanto muitos talentos vivem às migalhas. Então é um constante teste diário de superação e luta.

Confira a matéria no site clicando no link abaixo

Portal Brasil Sonoro

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