26
fevereiro

Mesmo com decisão judicial, Estado ainda não forneceu medicamentos para mulher com câncer


Nesta segunda-feira (26) a equipe de redação do Blog foi a busca de mais informações sobre o caso de uma jovem de 29 anos, Keila Martins Patrícia de Souza Silva (foto acima).

Ela reside no distrito de São Domingos (de Brejo) e foi diagnosticada com Melanoma Maligno, tipo de câncer de pele extremamente agressivo, ao qual luta contra a doença há cerca de dois anos.

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Relembre:

O caso teve repercussão no blog em 29 de janeiro deste ano e, à época, ela enfrentava um drama quanto a dificuldade de se conseguir os medicamentos que auxiliassem no tratamento determinado por oncologistas, medicamentos estes que não seriam fornecidos pelo SUS e que podem passar de R$ 18 mil cada caixa, para apenas 30 dias.

Uma parte do tratamento, seis caixas de Zelboraf (que custam quase R$ 8,5 mil cada uma) foi conseguido graças a doações de cada um dos médicos que a acompanham. Já outro medicamento, Cotelic, foi comprado graças ao resultado de campanhas solidárias.

Familiares e amigos já se organizam para fazer um brechó beneficente, de modo a viabilizar a compra de mais uma remessa de Cotelic.

 

Paciente Keila, ao lado do cunhado Marcelo

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Novo drama:

A dificuldade de se conseguir os medicamentos parecia ter sido solucionada após uma determinação judicial publicada em 01 de fevereiro, onde o Estado era obrigado a fornecer toda a medicação necessária.

Porém, o que caminhava para um desfecho, está ganhando ares de novo drama, pois de acordo com José Marcelo Soares Silva (cunhado de Keila e um dos que estavam a frente na busca pelo medicamento restante) e também com o advogado que acompanha o caso, Tallys Maia, o Estado ainda não forneceu os medicamentos necessários.

 

“Eles informaram que não possuem os medicamentos em estoque. Entrei em contato com a responsável na Secretaria de Saúde, falou que ainda estava em cotação. Falei com Marcelo essa semana e ele disse que o medicamento dela acabaria sábado. Então, entrei com um novo pedido de informações com a Secretaria de Saúde. Eles responderam que ainda estão em fase de cotação, então vou apresentar ao juiz para que ele efetue o bloqueio dos valores, de acordo com a decisão judicial” – disse Tallys Maia.

Resposta enviada pela Secretaria Estadual de Saúde

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Família pensa em vender casa, caso medicamentos não sejam fornecidos

Um desabafo sobre o caso veio por parte de José Marcelo, citando que a situação pode levar, segundo ele, a família de Keila tomar uma atitude drástica para dar continuidade ao tratamento.

 

“Infelizmente, estamos correndo muito para comprar essa semana e pela terceira vez. Estamos fazendo muita coisa; sorteios, vendendo copos, camisas…  Os pais dela estão falando que se não sair logo, vão vender a casa (para comprar as medicações)” – pontuou.

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