13
novembro

Polícia Civil indicia André Neves como causador do acidente com três vítimas fatais em Taquaritinga. Defesa diz que delegado que esteve a frente das investigações foi parcial e emotivo


Fotos: TV Atitude

 

 

Foi realizado na manhã desta quarta-feira (13), uma coletiva de imprensa na 17ª Delegacia Seccional de Santa Cruz, para divulgar o resultado das investigações do acidente que resultou na morte de três pessoas, no sábado 19 de outubro, na BR-104 em Taquaritinga do Norte. Na coletiva esteve presente o delegado Luiz Carlos, titular da cidade de Taquaritinga do Norte, que esteve a frente das investigações, o delegado regional Flaubert Queiroz e o comissário Cláudio Barros.

Segundo o Dr. Luiz Carlos, o motorista do veículo Trailblazer, André Aragão Neves, estava acima de 100km/h, em uma via de 80km/h, havia ingerido bebida alcoólica e tentou fazer a ultrapassagem, no momento em que colidiu com o CrosFox que vinha na mão contrária em velocidade permitida na via. No CrosFox estavam três pessoas. O motorista e sua filha morreram. A  outra ocupante do carro, está internada.

 

 

Conforme a apuração, o condutor da motocicleta informou que vinha a 50km/h. Na garupa da moto estava a esposa do condutor que não resistiu e faleceu. Ele relatou que um irmão do Dr. André o visitou e informou que era detentor de uma grande influência política e que poderia resolver a situação. O motociclista se sentiu intimidado e emocionalmente lesado com a afirmação do irmão do acusado, pois  tratava-se de uma oferta para “abafar o caso”, segundo o delegado.

“Simplesmente para abafar o caso, por que era uma pessoa simples, humilde. É um cidadão, uma pessoa de bem, que perdeu a esposa nesse terrível acidente e ele disse só uma coisa, que deseja que a justiça seja feita pois sua esposa perdeu a vida em tal acidente além das outras duas vítimas fatais e não fatais, sendo tais perdas irreparáveis”, disse o delegado

Dr. Luiz Carlos ainda acrescentou:

“Ele não pediu indenização nenhuma não, ele só está pedindo justiça!”

De acordo com as investigações, o condutor da Trailbrazer, Dr. André fugiu do local, antes da chegada da PRF. Segundo as testemunhas que foram ouvidas, ele exalava odor etílico. Ao todo, mais de 10 testemunhas foram ouvidas.

O que diz a defesa

 

A defesa do Dr. André está composta pelos advogados Gláucio Fernandes, Ewerton Nazareno e Marquinhos. Em coletiva na tarde desta quarta-feira (13), a defesa informou que Dr. André não fez uma ultrapassagem e sim desviou via reflexo para não colidir na motocicleta que vinha em uma velocidade baixa para uma rodovia. O motorista do CrosFox vendo a cena freou por cerca de 7 metros, perdeu o controle, e colidiu no veículo do Dr. André, segundo defesa.

“Não houve excesso de velocidade, a perícia não contabiliza isso nem o carro do André!” diz Glaudio Fernandes

Na coletiva o advogado ainda afirmou que o delegado Luiz Carlos foi parcial e emotivo; acrescentou ainda que não há nada nos autos que comprove a alta velocidade e embriaguez.

“Inexiste nos autos uma prova, um elemento de informação contundente que efetivamente se tenha ingerido bebida alcoólica ou que veria em alta velocidade. Nem a perícia trás isso nos autos. Eu não sei de onde o delegado tirou isso!” conclui o advogado

Por fim a defesa informou que o caso passará por um trâmite processual de instrução probatória, onde todas as provas virão à tona e será concluído quem foi o responsável pelo acidente.

 

Um Comentário

  1. Só lembrando que a polícia faz uma investigação minuciosa pra poder chegar em uma resposta que todos querem ouvir, pra isso são incinvestigadores credenciados do estado, o advogado têm mesmo que contestar, afinal eles ganha pra isso, só um lembrete: eu passo nessa via há 40 anos e sei bem o motoristas com seus carrões e apressados fazem de imprudência.

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