13
outubro

As filas na saúde


Pacientes enfrentam até 15 horas na fila para conseguir vaga com ortopedista que atende na policlínica

Primeira paciente da fila (uma senhora de blusa verde), esperou 15 horas para conseguir garantir a consulta para o filho - Fotos: Thonny Hill

Primeira paciente da fila (uma senhora de blusa verde e estampa), esperou 15 horas para conseguir garantir a consulta para o filho para esta terça-feira – Fotos: Thonny Hill

No fim da manhã de segunda-feira (12) a equipe do Blog do Ney Lima foi solicitada por algumas pessoas sobre a denúncia de demora no atendimento para a marcação de consultas para um ortopedista.

 

O caso aconteceu na policlínica de Santa Cruz do Capibaribe, local onde pessoas com problemas de saúde passaram maus bocados para conseguir uma das 15 vagas disponibilizadas ao médico, que atende apenas as terças-feiras segundo os pacientes.

 

Nossa equipe ouviu relatos de casos de pessoas que chegaram a passar mais de oito horas na fila e o caso piorou ainda mais no feriado desta segunda-feira (12), já que a marcação das consultas, que deveria começar as 7h, começou por volta das 13h.

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Princípio de tumulto foi registrado com a funcionária do local (a direita).

Princípio de tumulto foi registrado com a funcionária do local (a direita).

Um desses casos é da senhora Maria de Fátima da Conceição, que reside no distrito de São Domingos, de Brejo da Madre de Deus.

 

A mulher foi em busca de atendimento para o filho (que estava com o braço engessado) e chegou, segundo ela, por volta das 22h de domingo (11).

 

IMG_4102Ela relatou que os dois passaram a noite inteira dormindo nos bancos da recepção do Hospital Materno Infantil e só conseguiram deixar seus nomes para a consulta do médico somente após as 13h do dia seguinte ou seja: 15 horas depois.

 

“Eu cheguei aqui as 10 horas da noite e estou saindo daqui agora. Estou acompanhando meu filho para ser atendido e consegui agora essa vaga. Esse atendimento vai ser realizado apenas amanhã (na terça-feira). Me disseram que hoje não seria aberto, mas escutei pelas rádios que seria e se eu não ficasse aqui até essa hora, eu perderia a vaga para meu filho.” – disse.

 

Já a senhora Roseilda dos Santos Silva, que reside no bairro São Cristóvão e se queixa de problemas de coluna, relatou que vem tentando conseguir uma vaga há semanas, mas não consegue atendimento.

 

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“Eu cheguei de quinze para as dez da manhã e não consegui atendimento. Meu filho me falou e disse: “Não vá não mãe, que é feriado e é cedo” e eu disse que teria que ir, pois precisava do médico me atestar porque no meu serviço já está a confusão que está e eu com essa dor… Eu não vou estar direto no Hospital Municipal tomando a injeção que não está servindo e eu tenho problema de rins. Eu preciso demais passar por esse médico e não tem mais vagas. Não tenho como pagar uma consulta particular” – desabafou, com lágrimas nos olhos. Ela ficou com o número 18 na lista.

 

Já outro caso foi registrado por José Américo Nascimento, que reside no bairro São Miguel. Ele relatou que, para conseguir marcar uma consulta para sua avó, de 90 anos, teve que chegar à meia noite de domingo. Um fato que chamou a atenção é que foi ele que organizou, de maneira improvisada, uma lista contendo 18 nomes de pessoas que chegaram em busca do atendimento.

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“Estive toda a madrugada aqui de castigo, sem dormir para ver se conseguia essa vaga. Eu fui o segundo dessa lista. Falei com o pessoal daqui (do Materno Infantil), peguei um papelzinho e uma caneta e fui colocando os nomes de quem estava chegando primeiro para não ter bagunça. Como chegamos muito tempo antes, não podia ficar sem essa vaga. Pessoas sempre me dizem que tem até 25 vagas para o médico, mas sempre tem que passar por isso que estamos passando” – frisou.

 

Nossa equipe conversou, informalmente, com a funcionária da policlínica que coletou os nomes das pessoas que estavam a espera da vaga para a consulta.

 

Ela confirmou que o ortopedista vem apenas as terças-feiras e que os atendimentos médicos serão feitos não pela ordem de coleta das assinaturas, mas por ordem de chegada.

 

Outro fato que chamou a atenção é que pessoas que estavam na fila relataram que antes havia dois profissionais ortopedistas, mas que agora tem apenas um. Procuramos a assessoria de imprensa da prefeitura municipal e foi enviado uma matéria em que é desmentido a presença de filas na unidade.

 

Prefeitura desmente filas

 

Em matéria enviada pela assessoria, o Secretário de Saúde do município, Breno Feitoza, relatou que houve um trabalho de reestruturação na Policlínica, incluindo o aumento da demanda de serviços como atendimento ambulatorial, ortopedia, farmácia, obstetra para gestantes de alto risco e nutricionista.

 

Na matéria também foi posto um depoimento de um morador do Pedra Branca, que afirma que não há presença de filas.

“O atendimento aqui realmente está melhor, pois, não existem mais filas. Eu, por exemplo, precisei passar por uma ultrassom e fui bem atendida desde a recepção até o atendimento médico, antes agente não via isso aqui e Santa Cruz”, afirma José Salatiel Tavares morador do bairro Pedra Branca.

 

Na matéria, também é citado que várias ações serão realizadas durante o Outubro Rosa, incluindo café da manhã, palestras e aulas de zumba no dia 14.

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Imagens enviadas pela assessoria.

Imagens enviadas pela assessoria.

Um Comentário

  1. Roberta disse:

    esse Blog é um nojo tem hora, esperou 15 horas pq quis, vc deveria ser mais parcial ney nas suas postagens e deixar desse partidarismo doente, e querer a todo custo prejudicar o prefeito Edson, faça suas matérias sem tanto ódio, vc vai ver como vai se sentir melhor!

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