19
maio

Alegando problemas no pagamento de salários, grupo de garis realiza protesto em Santa Cruz do Capibaribe


20160519_081613Protesto acontece em frente a prefeitura – Fotos: Thonny Hill

Na manhã desta quinta-feira (19) um grupo de garis está realizando um pequeno protesto em Santa Cruz do Capibaribe.

O pequeno protesto está sendo realizado em frente a Prefeitura Municipal, onde o grupo de garis busca falar com o prefeito na tentativa de solucionar problemas de recebimentos em relação a empresa Vialim, terceirizada pela prefeitura na realização da limpeza urbana.

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Parcelamento dos salários

DSC01922Em entrevista concedida ao blog, o gari José Vanderlei dos Santos, um dos líderes no pequeno protesto, falou sobre os problemas que, segundo ele, ocorrem com cerca de 100 profissionais no município.

“Estamos recebendo pela metade, com a cesta básica muito atrasada… Inclusive, muitos funcionários da gente aqui estão passando necessidade. Eu mesmo tiro por mim, que a minha energia foi cortada, sem feira em casa e estamos nesse sofrimento… Recebendo de três parcelas, quatro parcelas… Aquela agonia danada… Eles (a Vialim) não nos dão o dia certo que vai ter (o pagamento)… Só dizem que não vai ter previsão. Já liguei para o supervisor e eles não estão atendendo. É esse sofrimento, só sabem das dificuldades quem trabalha na limpeza urbana. Estamos pedindo por socorro, pedindo ajuda, somos garis sofridos!” – disse.

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Prefeitura estaria isenta, segundo garis

Sobre a questão da cesta básica, que eles alegam receber todos os meses junto com o pagamento dos salários, José citou que ela não é repassada desde o mês de fevereiro.

Questionado sobre o que a empresa e a prefeitura vêm alegando para que esses problemas, por ele listados, estejam acontecendo, o gari isentou a prefeitura, citando que, de acordo com informações, ela estaria em dia com a própria Vialim.

“Quem falou isso para mim, que eu não vou citar o nome, me disse que a prefeitura está quitada com a Vialim. Estamos nesse sofrimento e sem saber o que fazer e quem é que deve a gente” – frisou.

A cobrança junto a prefeitura seria para que a mesma se posicionasse no tocante a abrir o diálogo com a empresa.

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O medo de represálias

Também questionado porque apenas uma pequena parte dos profissionais estaria participando do protesto, ele foi enfático:

“Temos em torno de 100, mais ou menos, trabalhando com a gente, entre funcionários de coleta e varrição. Os outros que não vieram… Eles querem vir, mas eu entendo o sofrimento deles. Eles não vêm porque tem medo de perder o emprego, tem medo de ser punidos ou de qualquer coisa. Não tiro a razão deles, muitos são novatos, mas são sofredores igual a gente” – finalizou.

Uma comissão deve se reunir com representantes da Prefeitura. De acordo com os garis, a mesma irá acontecer as 10h.

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