19
janeiro

A espera de um milagre


Duração da água na barragem de Jucazinho, que também abastece Santa Cruz do Capibaribe, é incerta diz Compesa

De acordo com representantes, racionamento deve ser intensificado à medida que o volume de água cair. Fotos: Thonny Hill.

Em entrevistas realizadas na última sexta-feira (16) no programa Estúdio 1, da Polo FM, representantes da Compesa estiveram presentes e deram, segundo eles, o panorama da empresa sobre como está a situação de fornecimento de água em Santa Cruz do Capibaribe e região.

 

De acordo com os entrevistados, a situação dos municípios é gravíssima e que Santa Cruz do Capibaribe só recebe água apenas a barragem de Jucazinho.

 

Atualmente, a vazão destinada a Capital da Moda está em 120 metros cúbicos de água por segundo de segunda a sexta-feira, muito abaixo da necessidade do município e, em contraponto, a barragem, que abastece 15 cidades, seca cada vez mais.

 

Gerente Técnico da Compesa se contradiz ao falar da duração da água de Jucazinho

 

Na primeira parte da entrevista, George Ramos, coordenador técnico da Gerência Auto Capibaribe, afirmou que a barragem de Jucazinho teria condições de abastecer os municípios por mais de um ano, isso com a implantação de políticas mais severas de racionamento.

 

O próprio coordenador chegou a enfatizar que dados apresentados pelo Gestor de Meio Ambiente do município, Pablo Ricardo (de que a barragem duraria apenas 45 dias, segundo a APAC) e os do blogueiro Magno Martins (que ela duraria apenas 90 dias) não procediam, mas no decorrer da entrevista, se contradisse em relação a sua opinião inicial.

“Tudo depende do volume (de água) que está sendo retirado. Isso está sendo monitorado diariamente. É especulação (prever prazos)”, reconhecendo que o problema de Jucazinho é muito grave.

 

Atualmente a barragem tem apenas 14% de seu volume, o que equivale a pouco mais de 45 milhões de metros cúbicos.

 

Abastecimento pela Adutora do Agreste a Santa Cruz do Capibaribe ainda não é garantido

 

Durante a entrevista, George também enfatizou que há possibilidade de Santa Cruz do Capibaribe ser abastecida pela Adutora do Agreste, mas citou que isso ainda não é garantido.

 

Atualmente, está em curso antecipar o abastecimento a algumas cidades com água vinda através de poços artesianos profundos, previstos para serem perfurados em cidades sertanejas, mas a vinda de água para a Capital da Moda depende de alguns fatores.

“Isso virá para as cidades que estão em situação mais crítica e possa ser que Santa Cruz entre, como também possa ser que Santa Cruz não vai entrar. Deus permita que ela não se atinja a esse nível de criticidade e que tenha que vir essa água do sertão para cá rápido. Esperamos conseguir trabalhar com o volume que temos”, frisou.

 

Quantidade de carros-pipa que atendem Santa Cruz do Capibaribe é mínima

 

De acordo com Luiz Felipe de Sousa Pinto, coordenador regional da empresa, apenas 10 caminhões estão disponíveis para atender o cidadão e falou sobre a demora da empresa em prestar esse serviço.

 

“Como a demanda aumentou, estamos atendendo a clientes que solicitam o carro-pipa há 30 dias. Estamos estudando o aumento na quantidade de carros-pipa aqui para Santa Cruz. Hoje contamos com dez e vamos aumentar para 12”, frisou.

 

Vale ressaltar que, por dia, chegam várias denúncias de usuários da Compesa que relatam que solicitaram os caminhões-pipa há mais de 60, 70 dias e que, até o momento, não foram atendidos.

Um Comentário

  1. LEVÍ SOUZA disse:

    EU SÓ QUERIA QUE O GOVERNO PRIVATIZASSE A COMPESA

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