01
março

Ponderação com Janielson Santos


Mané vive!

Morrer é ser esquecido. A frase que ouvi do filósofo Mário Sérgio Cortella, é fundamentada ao frisar que, no grego arcaico, o verbo usado para ‘morrer’ e ‘esquecer’ é o mesmo.

Para Cortella, enquanto for lembrado e ser importante para alguém, o sujeito seguirá ‘vivo’, ao menos dentro desta segunda pessoa.

É com esse sentimento, que lembro que essa semana (27/02) completou cinco anos sem Emanoel Glicério. Sujeito simples, pessoa discreta e jornalista admirado, a quem sou grato.

‘Mané do Blog’ foi a primeira pessoa da área do jornalismo, que acreditou que eu conseguiria fazer o que faço, profissionalmente. Mostrou isso ao publicar, em seu veículo, no ‘Blog Diário da Sulanca’, meus primeiros textos (em sua maioria, análises ralas, confesso, de reuniões da Câmara de Vereadores de Santa Cruz).

Antes de prestar meu vestibular, Mané já falava da Universidade e dos professores que teve, com a convicção que eu também os conheceria. Foi ele quem tentou ‘cavar’ meu primeiro trabalho na área, com uma indicação, antes também de entrar no curso.

Mané foi a primeira pessoa que procurei na agenda, para uma participação (Na verdade um ‘socorro’) durante o meu primeiro programa de rádio, em novembro de 2013, com todo aquele nervosismo (Relembre).

Infelizmente, ele não pôde atender. Horas depois, trocamos mensagens, onde disse que ouviu e não estava com o celular, fazendo uma postagem em suas redes sociais, reforçando a confiança que tinha em mim.

Foi Emanoel a primeira pessoa que me incentivou, após minha primeira participação em entrevista coletiva (Relembre). “Melhor pergunta e melhor resposta”, disse. (Até sair do ar, o seu blog fixava aquela resposta do senador Armando Monteiro, em destaque na lateral).

Recordo que na subida da escada da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) em março de 2014, no meu primeiro dia de universitário, pensei, triste e um tanto quanto egoísta “Poxa, você nem esperou…”

Eu esperava contar-lhe o quanto tinha razão, de como tudo aquilo era mágico e real. De quanto eu teria que aprender e aprendo.

Diferentemente de tantos amigos, minha convivência com Mané foi de poucos anos. Azar o meu.

Quando o conheci, já tinha certeza que queria o jornalismo. Ele foi responsável por reforçar a forma que desejava e desejo seguir: Oferecendo a mão e sem precisar atropelar ninguém.

É por essas e tantas outras que ele guarda um lugar especial em minhas lembranças.

Se Mário Sérgio Cortella tem razão, ao dizer que as pessoas só morrem quando são esquecidas, tenho absoluta certeza que Mané viverá, ao menos, enquanto memória eu tiver.

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