05
outubro

Ponderação – Com Janielson Santos


Aceite a vontade popular

Não problematize ainda mais e evite congestionar a fila da irresponsabilidade e inconsequência

 

Uma eleição presidencial talvez nunca tenha ficado tão em pauta no cotidiano do brasileiro médio, quanto à deste ano. A vitória de qualquer um dos lados extremos da disputa, tende a ser dramática.

O clima criado e fortalecido ao longo desses dias, a rejeição de ambos os candidatos e a série de embates de eleitores (sobretudo no campo virtual) carregados de sentimentos, (muitas vezes de inverdades e ausente de senso crítico), não deixa dúvidas quanto à indignação prevista após a divulgação do resultado.

Diante de tudo isso, algo banal e que em outra eleição seria descartável, desta vez é necessário ser dito: É preciso aceitar a verdade das urnas. É preciso aceitar que, nesses 22 anos de urna eletrônica no país, nunca houve qualquer caso comprovado de manipulação de resultado. É preciso aceitar os dados que serão apresentados, para não tumultuar ainda mais um processo que, por si só, já é desgastante.

O vira-latismo está presente na teoria que duvida do equipamento. Quem sofre desse complexo, apresentada genialmente por Nelson Rodrigues, não consegue compreender que seu país pode ser referência em algo de fato. Para ser bom suficiente, precisaria ser criação europeia ou norte-americana…

Duvidar do resultado das urnas antes, durante ou depois da contagem dos votos não contribui. A menos que se prove alguma irregularidade do procedimento usado, em benefício de algum candidato, só mostrará irresponsabilidade, desespero (na possibilidade simples de agitação, um mau-caratismo, indecência, insensatez) e, em última instância, evidenciará um sinal de mal perdedor.

Não esqueçamos da derrota recente de Aécio Neves, que levantou a possibilidade de forma inconsequente e, pouco tempo depois, foi flagrado em conversas grampeadas, ao dizer que queria apenas ‘encher o saco’.

Exaltar essas deduções, apenas por agito, é não ter escrúpulos. Tem a possibilidade real de motivar um exército de potenciais lunáticos adeptos de teorias conspiratórias mirabolantes.

Seja qual for o resultado desse pleito, ele deve ser respeitado. Deve ser compreendido como a vontade popular da maioria daqueles que se dispuseram a decidir por seu futuro pelos próximos quatro anos. Deve ser entendido, antes de qualquer coisa, que é mais que necessário e urgente saber conviver com o contraditório.

As opiniões e informações aqui expressas são de responsabilidade de seu idealizador  

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