03
dezembro

Coluna


Uma Liderança Eclesiástica Saudável

 

“Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (I João 2:6).

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Um dos grandes objetivos da liderança Cristã é Imitar a Cristo. Todo olhar da Igreja deve estar compenetrado n’Ele. Jesus é o modelo por excelência em todos os aspectos da vida, inclusive na liderança espiritual. Biblicamente falando, sabemos que, por iniciativa divina, Deus constituiu para si mesmo um povo, também, instituiu uma liderança para o seu povo, e então, exigiu virtudes essenciais da liderança de seu povo.

 

Partindo deste observatório, podemos refletir sobre algumas marcas essenciais da liderança de uma Igreja. Como descreveríamos uma saudável liderança eclesiástica?

 

1. É uma liderança, antes de tudo, regenerada.

 

Uma liderança harmoniosamente convertida, que experimentou o plano divino de salvação, faz toda diferença. A influência dos filhos das trevas entre os santos causa estragos, mas providencialmente, isso também faz parte do plano soberano de Deus. Entre os 12 apóstolos tinha um que era diabo, ou seja, praticamente 8,4% dessa liderança é suspeita. Aqueles que não são regenerados, de modo algum interferirão no plano último de Deus, pelo contrário, contribuirão mesmo sem querer para o amadurecimento e o crescimento espiritual dos regenerados. Jesus apresentou para Nicodemos o mais sublime princípio de liderança espiritual, o novo nascimento (Jo.3:3). Uma liderança sadia, fala, pensa e se comporta regeneradamente.

 

2. É uma liderança voltada para os interesses do Reino de Deus.

 

Quais são os reais interesses do Reino de Deus entre os homens? As lideranças eclesiásticas modernas, especialmente as televisivas, estão voltadas para shows, vaidades, ostentações, patrimônios e a centralização do homem e da instituição. O inimigo ferrenho do reino tem conseguido perverter os homens, suas famílias e a liderança da igreja. “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”, disse o experiente apóstolo (Rm.14:17). Noutra ocasião chegou a dizer que devemos estar “edificados sobre o fundamento dos apóstolos” (Ef.2:20). Uma liderança sadia busca insistentemente a glória de Deus através de suas atividades, como a salvação dos perdidos e a comunhão dos santos.

 

3. É uma liderança onde a unidade e a santidade, reinam conjuntamente.

 

O próprio Jesus sinalizou certa vez que “todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma, não subsistirá” (Mt.12:25). Isso é um princípio da semeadura. Semeia-se desunião e colhe-se destruição. É lógico! A ausência de unidade na liderança eclesiástica tem somado conseqüências drásticas. Jesus pediu pelo aperfeiçoamento dos apóstolos na unidade (Jo.17:21-23). Paulo reclamou da divisão existente na igreja de Corinto e rogou pela unidade (I Co.1:10-13). Essa comunhão é tão importante quanto a santificação, pois andam de mãos dadas. “Sede santos, porque eu sou santo”, diz o Senhor (I Pd.1:16). Uma liderança sadia caminha de mãos dadas, com as mãos limpas.

 

4. É uma liderança militante e cooperativa.

 

Oração e labuta, devoção e ação, sempre foram características dos grandes heróis da fé, entendiam que a fé sem obras é morta. Nosso serviço cristão deve se harmonizar com nossa confissão de fé. A sonolência na execução desse trabalho demonstra que o nosso amor está em falta. Jesus disse a Pedro, “Tu me amas?… Apascenta as minhas ovelhas” (Jo.21:17). Nosso amor ao Senhor é uma espécie de combustível que dinamiza nossa vida tornando-a militante, tanto quanto, cooperativa na seara do Mestre. “Servi ao Senhor com alegria” (Sl.100:2), cantava o salmista ao ingressar no templo. Uma liderança sadia, é sobretudo, uma liderança frutífera, participativa, engajada, envolvente. Que trabalha!

 

5. É uma liderança exemplar.

 

Jesus pregava tudo que vivia e vivia tudo que pregava.  Basta que sejamos parecidos com ele, “basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo como o seu senhor “ (Mt.10:25). Não adianta insistir que nossos liderados olhem noutra direção. Eles continuam fitando em nós, perscrutando nossa vida pra ver se somos imitadores de Cristo (I Co.11:1). O apóstolo Paulo exorta o jovem ministro Timóteo no sentido de que ele se torne “padrão dos fies, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (I Tm.4:12). “As palavras movem, os exemplos arrastam”, diz o pensador. Uma liderança sadia reproduz o bom exemplo de Cristo, tornando-se receptora e despenseira de seu exemplo. Se inspira n’Ele para inspirar outros.

 

 

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