04
outubro

Artigo – Por Adriano Oliveira


A RESISTÊNCIA DE BOLSONARO

 

As últimas pesquisas revelam que Bolsonaro resiste, apesar de todas as ações contrárias a ele. Inicialmente, veio a facada. Em seguida, as declarações do seu candidato a vice-presidente. E, por fim, a publicização de atos passados praticados por Bolsonaro.

Bolsonaro oferta aos seus opositores condições propícias para o ataque. Entretanto, Bolsonaro resiste. A sua bolha não estoura. A sua liderança continua estável. Por isto, Bolsonaro é favorito para disputar o 2° turno com o candidato do PT, Fernando Haddad.

Como explicar o não estouro da bolha de Bolsonaro? Continuo a definir o bolsonarismo como manifestação incipiente contrária ao lulismo. Isto significa que ela não está consolidada no eleitorado. O bolsonarismo, ao contrário do lulismo, não tem raízes e nem memória. Ele é o antilulismo.

Fui indagado, certa vez, por um colega cientista político: O que é o lulismo? Respondi que o lulismo é a manifestação positiva do eleitorado para com o ex-presidente Lula. Pesquisas quantitativas e qualitativas sempre revelaram que os eleitores, em particular os nordestinos, e das classes C e D, sentem saudades das eras Lula. Têm gratidão com o ex-presidente Lula. Como bem frisou uma eleitora participante de um grupo focal: “No governo Lula o Estado bateu em nossa porta”.

Observem que Bolsonaro tem expressiva votação no Sudeste e Centro-Oeste. Entretanto, não tem considerável número de adeptos no Nordeste. Mas o Lula tem. A prova cabal de que o lulismo existe é o pujante crescimento de Haddad no Nordeste.

O bolsonarismo é, portanto, a expressão do antilulismo. Tenho a hipótese de que parcela considerável dos adeptos da candidatura de Bolsonaro não admira as “suas” ideias, em particular, a volta do imposto CPMF ou fim do 13°. Apenas consideram Bolsonaro como o único candidato que tem força para derrotar o PT na eleição. E por que não consideraram o Alckmin?

Como já frisei em outro artigo neste espaço, Alckmin não representou ou representa, a novidade que os não adeptos ao lulismo esperam. Bolsonaro representa a novidade que possibilitará a mudança que impedirá o retorno do PT ao poder.

Restam poucos dias para a eleição. A estabilidade mantém Bolsonaro como favorito a estar no 2° turno da disputa. Mas, indago: As mulheres que dizem “#não a ele”, Doria, Anastasia e os ataques do PSDB podem gerar surpresas?

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As opiniões e informações aqui expressas são de responsabilidade de seu idealizador

Um Comentário

  1. Antonio Farias disse:

    A informação prestada pelo Elinaldo Araujo é no mínimo tendenciosa, uma vez que, baseia-se em meias verdades propagadas pela mídia tradicional.
    O lulismo também pode ser definido como uma utópica idéia de retorno à era de ouro de um Estado, focado em “ajudar” os mais pobres, no entanto, nada vem de graça, ligado a “ajuda” aos pobres, não podemos esquecer que trocamos uma divida externa por uma divida interna com juros 4 vezes maior. Trocamos uma política de alternância de poder por uma politica teatral, onde um finge bater e o outro apanhar. Trocamos um discurso de uma país para todos, a tal constituinte democrática, por uma política partidária, onde aos amigos do rei tudo, aos inimigos “uma boa morte, numa boa cova, com uma bela bala” (palavras da liderança do partido”. Foi formada a política do nós contra eles. Nunca na estória do país, os cofres públicos foram tão surrupiados, houveram tantos esquemas de lavagem de dinheiro, de roubo e favorecimentos ilícitos quanto os descobertos na era LULA/DILMA.
    O povo tem de escolher, mais Estado ou menos Estado. Maior oneração tributária ou menor oneração (menos impostos). Maior interferência do Estado na propriedade ou mais liberdade privada. Esta é a encruzilhada entre Lulismo e Liberalismo que se forma hoje no país e não o contrário.
    Abraços!

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