21
fevereiro

Artigo – Por Adriano Oliveira


AS CHANCES DE TEMER

 

É ilusão desconsiderar a candidatura do presidente Temer à reeleição. Desde que ele assumiu a presidência da República, tal possibilidade é real, em virtude das condições que estavam e estão postas para ele. Portanto, não existem razões para ele não ser candidato. Contudo, existem condições para ele ser um candidato competitivo?

O presidente Temer assumiu a presidência em quadro de recessão econômica com juros altos e taxa inflacionária em aparente descontrole – Condição 1. O que ele teria que fazer caso desejasse a reeleição? Recuperar a economia e reduzir inflação e juros. Diante dos desafios que estavam postos, o atual presidente da República agiu e conseguiu resultados satisfatórios. Juro reduzido, inflação baixa e controlada, e expectativa de crescimento econômico de 3% do PIB para 2018.

A crise da segurança pública é comum a diversos estados brasileiros. Sendo que a crise no estado fluminense desperta forte atenção midiática em razão de que ela é histórica e de que a cidade do Rio de Janeiro é referência para o turismo brasileiro. O presidente Temer optou por decretar a intervenção federal na área da segurança pública – Condição 2.

A crise da previdência faz parte de qualquer agenda de governo. Desde FHC, presidentes da República tentam reformá-la. As reformas acontecem, mas não são suficientes para que o desafio da previdência pública desapareça. O presidente Temer assumiu o compromisso de reformá-la, mas, até o instante, não conseguiu – Condição 3. Porém, o atual presidente fez a reforma Trabalhista e aprovou o teto dos gastos públicos.

Observem, portanto, que diante das condições postas, o presidente agiu. Ao agir diante delas, adquiriu condições de pleitear a reeleição. Porém, volto a indagar: Existem condições para Temer ser um candidato competitivo e disputar o 2° turno da eleição presidencial?

Até o instante, a recuperação da economia e o retorno para as condições normais dos pilares da economia, inflação e taxa de juros, não possibilitaram a forte geração de empregos. Se isto ocorrer, o bem-estar econômico alcançará parcela dos eleitores. Por consequência, o presidente Temer contempla por completo a condição principal (condição 1) para ser um candidato competitivo.

Se a intervenção no Rio de Janeiro trouxer sensação de segurança aos moradores do estado, em particular da capital, e conquistar aprovação popular, a condição 2 para Temer ser um candidato competitivo também é contemplada. Falta, porém, a condição 3, qual seja, aprovar a reforma da Previdência.

Por que a aprovação da reforma da Previdência é importante? É possível que exista relação de causalidade entre aprovação da reforma da Previdência, crescimento econômico, investimento do setor empresarial e geração de empregos. Neste caso, a existência da condição 1, ou seja, crescimento econômico com geração de empregos, depende da condição 3, qual seja, a aprovação da reforma da Previdência.

Se a condição 1 não depender da condição 3, o presidente Temer já contemplou, parcialmente, o primeiro desafio. Restam os outros dois. O presidente Temer espera a contemplação das condições 2 e 3 para ser um possível candidato competitivo, pois poderá ser apresentado aos brasileiros como o candidato a presidente que não teme tomar decisões e sabe enfrentar com coragem os desafios.

 

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