30
março

Artigo – Por Adriano Oliveira


O MÊS DE ABRIL E O CORONAVÍRUS. O QUE ESPERAR?

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É consenso entre economistas de que a economia brasileira sofrerá recessão após a passagem do coronavirus. O que não se sabe, ainda, é qual será, exatamente, a queda do PIB neste ano. O enfretamento ao coronavirus trará impactos psicológico e social para os indivíduos. Um “novo” eleitor tende a surgir, independente da classe social. Que tipo de eleitor surgirá após a passagem do coronavirus? As pesquisas de opinião revelarão.

O sistema de saúde sofrerá estresse, mesmo com o isolamento. Gestores municipais precisam estar atentos a um ponto fundamental: O número de pessoas infectadas pelo coronavirus poderá começar a ter queda no final de abril e a vida começar a voltar ao normal em maio – Possibilidade/Cenário. Mas isto não significa, que cessará o porcentual de contaminados. Prevejo que o sistema público de saúde do município será demandado com frequência. E eleitores julgarão os prefeitos pela qualidade do sistema de saúde do município.

É possível que médicos venham a ser candidatos na eleição municipal. Disputarão os cargos de vereador ou prefeito. Os profissionais de saúde são atores principais no enfrentamento da pandemia do coronavirus. A saúde, em razão sua fragilidade histórica, e agora reforçada pela crise do coronavirus, é tema relevante para os eleitores. Portanto, profissionais da saúde, caso disputem a eleição vindoura, podem ter bom desempenho eleitoral.

Prefeitos estão tendo a oportunidade de conquistar, manter ou perder popularidade. Em dado momento, municípios, em particular, os médios e grandes, sofrerão contagem quanto ao número de infectados pelo coronavirus. A contagem do número de mortes ocorrerá também. Por consequência, prefeitos poderão ser cobrados. Por exemplo: o município A teve 60 infectados. E 10 mortes. E o município B, vizinho ao município A, teve 30 infectados e 2 mortes. Portanto, o desempenho do prefeito frente ao coronavirus será avaliado pelo eleitor e pela mídia.

O coronavirus reforça a nacionalização das eleições municipais em virtude das consequências do coronavirus para a saúde pública e a economia. Se faltarem empregos e renda, o eleitor reclamará do presidente da República. Diversos prefeitos já estão se antecipando, sabiamente, a este fato, e já estão, de antemão, cobrando ações do presidente da República para os mais pobres e a manutenção de empregos.

O presidente Bolsonaro tem optado pelo conflito durante a crise do coronavirus. O mandatário da República ainda não revelou como chegará renda para os pobres e desempregados. Portanto, é possível a desorganização do ambiente social em abril ou em maio – saques, por exemplo. Isto acontecendo de forma intensa, não será surpresa que o impeachment ou renúncia do presidente Bolsonaro venha a ser debatido com veemência entre atores institucionais, opinião pública e imprensa.

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