15
dezembro

Artigo


Por que Dilma não demite Graça Foster?

 

O exercício do poder impede a visão estratégica. O ator, por ter poder, acredita que nada lhe atingirá. Portanto, ele opta por fazer o que deseja e não o que é necessário fazer. A última escolha representa o ato estratégico. A manutenção do poder não advém apenas do seu exercício. Mas do ato estratégico.

 

Por que Dilma não demite Graça Foster? A demissão dela não representa e nem sugere condenação. A troca de atores em um dado cargo possibilita notícias para a imprensa, as quais podem vir a ser positivas. Se neste instante, Graça Foster atrai noticiário negativo para a Petrobrás e para o governo Dilma, a sua demissão poderá trazer notícias positivas para a Petrobrás e para o governo Dilma. Portanto, a demissão de Graça Foster é ato estratégico.

 

Atores no exercício do poder precisam se afastar de escândalos. Atores no exercício do poder devem atrair notícias positivas. As noticias negativas devem estar associadas aos auxiliares do chefe do Executivo. O ônus do exercício do poder para os auxiliares do chefe do Executivo é servir de escudo. Os auxiliares devem, portanto, proteger o presidente.

 

A figura do chefe do poder Executivo precisa ser preservada. Estratégia óbvia. As consequências negativas dos escândalos podem atingir a todos, menos o chefe do Executivo. Quando os escândalos atingem de modo negativo o chefe do Executivo, a instituição Executivo exige, por cobrança da opinião pública, a troca de comandante do Executivo. Mas tal exigência deve ser a última consequência de qualquer escândalo. Antes dela, outras consequências existem.

 

A consequência negativa de um escândalo pode vir a atingir um Diretor. Em seguida, outro Diretor. Por consequência, um Ministro. Mas as consequências devem findar no máximo no Ministro. As consequências não podem acometer negativamente o presidente da República. Para evitar que as consequências negativas cheguem a presidente, estratégias são requeridas. E a demissão de um auxiliar, caso proporcione a interrupção das consequências negativas do escândalo, é a melhor estratégia.

 

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