14
junho
Série: Violência Silenciosa
A luta para que o município tenha uma delegacia especializada no atendimento à mulher acontece desde a criação da coordenadoria, em 2007, que foi pensada a partir da demanda de violência de Santa Cruz do Capibaribe. Já foi realizado um abaixo-assinado, com participação da União Brasileira de Mulheres e entregue, em mãos, para o secretário de Segurança Pública do Estado, na época.
“Infelizmente o que acontece é que os dados oficiais da época não davam a demanda real. O grande problema que temos aqui, desde sempre, é essa questão dos registros. Tanto na delegacia e as próprias mulheres têm muito medo. Nós estamos agora com um avanço, esse ano, com a consolidação do centro. Nós estamos com uma parceria com a Secretaria de Saúde, que existe já a notificação compulsória, para que a gente tenha realmente esses dados de saúde”, informou a psicóloga.
13
junho
Nas ondas do rádio
A edição desta quinta-feira (13), do Rádio Debate, veiculado pela Polo Fm, discorreu sobre o São João da Moda, realizado em Santa Cruz do Capibaribe. Em seguida, os debatedores, junto com o jornalista Inaldo Sampaio falaram sobre as possibilidade de Eduardo Campos, caso não seja candidato à Presidência, após declarações de que o governador pode ser candidato ao Senado Federal.
No programa também foi abordado sobre as denúncias, realizadas pelos vereadores de oposição, sobre a farra das locações, nos principais jornais de Pernambuco e o tratamento que o caso terá a partir de agora. Por ultimo, a candidatura de Hilário Paulo, de Brejo da Madre de Deus foi indeferida, gerando comentários e especulações.
13
junho
Série: Violência Silenciosa
No Centro de Referência da Mulher, a mulher é acompanhada pelos profissionais, recebe toda a assistência sem que, no primeiro momento, tenha que prestar uma queixa, porém, no Centro, ela é incentivada a buscar uma vida melhor. É importante salientar que, com a Lei Maria da Penha, a vítima não precisa mais denunciar e prestar queixa na delegacia. Qualquer pessoa pode fazer a denúncia e o caso será investigado. Ou, a vítima pode entrar diretamente com um processo no fórum da cidade.
Santa Cruz do Capibaribe possui um convênio com a Secretaria da Mulher de Pernambuco, que possibilita que a mulher agredida possa sair ou chegar ao do município, com segurança e acompanhamento psicológico, social e jurídico, tanto provisoriamente, como até definitivamente.
“A Secretaria da Mulher do Estado vem buscar a mulher aqui e ela é enviada para uma casa abrigo que a gente não sabe onde é. E ela pode ficar lá uma média de 06 meses, que é o prazo que a gente tem para correr o processo, que pode ser um pouco mais e pode ser menos. E depois que termina esse prazo, geralmente, ela é readaptada”, explica Verônica.
Caso a vítima não tenha condições de voltar para o município de origem, o Estado faz um processo de ressocialização, onde ela receberá proteção, ajuda de custo por um período e um aperfeiçoamento profissional para que ela possa trabalhar e conseguir o próprio sustento. Os filhos menores de 18 anos também recebem a mesma proteção.
O centro de Referência da Mulher funciona na Rua José Manoel Moraes, 190, Centro de Santa Cruz do Capibaribe (PE), das 8h às 14h, de segunda à sexta-feira. Também está disponível o telefone (81) 3731.1826.
05
junho
Série: Violência silenciosa
A psicóloga Verônica Valadares explica que para trabalhar com mulheres vítimas de violência é necessário entender o perfil. “São mulheres que, primeiramente, elas são muito fragilizadas. Ela tem uma autoestima muito baixa, são mulheres que o principal, muito mais que a violência física, é a violência psicológica que faz com que elas fiquem dependentes desse homem”, esclarece.
Um fator importante é que muitas mulheres ainda tentam retirar a queixa contra o agressor, por uma série de fatores que vão além do medo que tem deles. “Tem gente que fala que cão que ladre não morde, mas nesse caso morde sim! Mata e faz coisas horríveis com a mulher e ela sabe disso. Ele ameaça ela, ameaça os filhos, ameaça a família que tiver, mãe, pai, o que for. A gente sabe que ela realmente tem muito medo disso. E fora isso a gente tem que entender que esse homem que bate nela, ele não é um desconhecido do meio da rua que ela conheceu agora. Ela criou toda uma história com esse homem”, elucida a psicóloga.
O perfil do agressor, atualmente, pode ser identificado com uma boa observação. De acordo com Verônica Valadares, em alguns casos o homem agressor começa o relacionamento super protegendo a mulher, afastando das amigas e proibindo amizades, começa a controlar os horários e as roupas que a mulher veste. A agressão, normalmente, só vai acontecer depois do casamento. Quando os últimos laços afetivos são afastados e não há a presença constante da família.
“Só que a da mulher que está passando por isso, ela dificilmente vai lhe indicar. Até porque esse homem, ele consegue passar como o bonzinho. Esse controle dele passa por cuidado. E as pessoas que convivem com ela confundem muito isso também com cuidado”, explica Verônica.
De acordo com a psicóloga, a mulher começa a acreditar que é culpada por ser agredida, porque o agressor diz que ela é culpada, que está tentando protege-la. “Ele não é 100% ruim. Ninguém é 100% ruim. Então ele tem momentos que ele vai ser bom pra ela. E aí como ela já tem um vinculo afetivo (ela tende a compensar com esse momento bom). Até porque, no próprio ciclo da violência, depois de um ataque, ele tem um momento bom”, ressalta.
E a cada ataque há um momento de bondade, o agressor tende a compensar a violência com presentes e promessas que nunca mais acontecerá uma agressão física. E a mulher tende a acreditar. Porém, muitas vezes a vítima intensifica a culpa, passa a acreditar que é responsável e que merece a agressão.
“É quando ela chega e vai contar pra mãe que apanhou, a mãe ou a amiga olha pra ela diz “fizesse o que para ela fazer isso?”. É a primeira coisa, “fez o que?”. Não é ele que tá errado, é ela que fez alguma coisa. E aí ela vai se fechando cada vez mais, porque ela acha que a culpa é dela”, aponta a psicóloga Verônica Valadares.
Observar o cotidiano das pessoas possibilita na identificação já que, em casos de agressões físicas, as marcas sempre são evidentes. Os casos de violência doméstica tem que ser denunciados e já há na gestão pública meios para denunciar o agressor e proteger a vítima.
05
junho
Blog nas ruas
Moradores da Avenida João Glicério do Nascimento, no bairro Bela Vista, em Santa Cruz do Capibaribe (PE), reclamam da falta de infraestrutura do local. Os habitantes informam que há uma semana um caminhão deixou entulhos na esquina da rua, próximo ao Cabana Club, para tentar facilitar o acesso, porem ficou amontoado.
A rua não possui calçamento o que dificulta a passagem de carros e impossibilita o trânsito em dias de chuva. Com a chuva que caiu sobre a cidade na manhã desta quarta-feira (04) a água não teve por onde passar e entrou nas casas do local, causando transtornos à população.
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O Blog voltará ao local em sete dias para verificar se algo foi feito para o bem-estar da população.
04
junho
Série: Violência Silenciosa
Em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, há a Coordenadoria da Mulher, que trabalha especificamente com o desenvolvimento de políticas para as mulheres e o Centro de Referência da Mulher, que trata, especificamente, da questão da violência e tem uma equipe de apoio para a mulher, com psicólogo, advogados, assistente social.
Criado em 2010, o Centro teve um período de 2 anos, praticamente desativado e agora está funcionando devidamente este ano, com equipe completa e parceria com a Delegacia de Polícia Civil. A psicóloga do Centro, Verônica Valadares, explicou que diariamente há atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica. “Todos os dias nós atendemos vários casos. Existem alguns casos que não chegam ainda ao Centro. Mas, hoje em dia, nós temos um suporte par dar atendimento psicológico, acompanhamento jurídico e temos a assistente social que faz toda a parte de social”, ressaltou.
A parceria entre o Centro de Referência e a delegacia civil possibilitou que duas estagiárias atendam às mulheres que chegam à delegacia e é observado um diferencial no atendimento, como explica Verônica. “A gente percebe que existe um diferencial no atendimento delas para com o dos agentes normais, apesar de que Dr. Vagner dá um apoio muito grande para o trabalho da gente. Ele é realmente um delegado muito atuante, principalmente nessa área. Agora, infelizmente, muitos agentes não compartilham”, detalhou.